Diria que o diretor e roteirista Larry Yang quis trabalhar muitos elos em um filme só, e com isso se perdeu um pouco nas dinâmicas, mas todo o ar familiar que passou, seja nas conexões do pai com a filha humana ou com o filho cavalo acabou criando uma trama com boas desenvolturas, dinâmicas de sentimentos, e claro também com muitas cenas de ação malucas aonde vemos o cavalo até sofrendo com tanta imposição de serviço, o que acaba sendo também uma mensagem para os treinadores de animais dos cinemas, que por vezes se machucam em demasia com cenas que não são para os seus portes, então peguem a computação gráfica e usem ao serviço de não precisar machucar ninguém. Ou seja, é um filme bem familiar, que traz boas mensagens no sentido de perdoar, entender o lado do outro, e até mesmo saber os limites e as coisas que um faz pelo outro, que até um cavalo pode entender, então sejamos mais racionais e vamos pensar antes de certas atitudes.
Quanto das atuações, costumo dizer que Jackie Chan é daqueles atores que ou você ama ou você odeia em seu estilo, e eu pendo sempre mais para o segundo lado, pois é inegável que é um tremendo ator de lutas marciais, que usa pouquíssimo seus dublês entregando ações e desenvolturas incríveis, mas seus trejeitos são extremamente forçados para que essa explosão funcione, e aqui você não consegue ver Mestre Luo sem enxergar Jackie Chan, e por vezes você quer até bater nele com algumas coisas desnecessárias que faz, porém como a trama é sobre dublês, ninguém melhor que ele para fazer o papel de um dublê velho, e assim agrada no que faz, aliás para variar não usou dublê para filmar, fazendo todas as cenas malucas da trama e assustando todos da equipe. Liu Haocun foi bem graciosa com sua Baô, trabalhando bem seus sentimentos para com o pai e para o "irmão" cavalo, tentando entender bem aquele pai que nunca esteve presente em sua vida, e a atriz até criou boas dinâmicas, mas nas cenas mais emotivas faltou chorar ou entregar trejeitos mais fortes, para ajudar o público a chorar nas suas cenas, mas teve bom pulso nas cenas mais imponentes, e com isso agradou também. Quanto aos demais, a maioria teve apenas conexões com as dinâmicas da trama, mas sem dúvida Kevin Guo que interpreta o namorado da filha conseguiu trazer atos bem cômicos com seu Mickey (fora a sacada com o nome dos pais dele Donald e Daisy) e claro valendo destacar também o cavalo que foi campeão de corrida em Macau e que foi muito bem treinado para todas as cenas com os atores, tendo inclusive um dublê para as cenas mais perigosas que tiveram no filme.
Visualmente o longa foi bem interessante, mostrando o pátio aonde o dublê vive com seu cavalo, com tudo para dar o maior conforto para o animal e também ser treinado, no começo vemos muitas cenas aonde ele e o animal vão fantasiados vender fotos e passeios em uma praça, vemos muitos bastidores de filmes de ação com toda a preparação para gravar com animais, e claro também muitas cenas de filmes anteriores de Chan aonde vemos algumas de suas loucuras, ou seja, a equipe conseguiu criar muitos momentos grandiosos e também ainda reverenciou o passado.
Enfim, é um filme que vale o programa mais familiar, que muitos vão gostar de ver as conexões dos personagens com o cavalo, as várias cenas de ação e tudo mais, que volto a frisar que dava para reduzir uns 15-20 minutos para ficar perfeito e mais dinâmico, mas o resultado final é tão gostoso que acaba valendo o tempo de tela, então fica a dica para a estreia nos cinemas na próxima quinta 12/10! E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, agradecendo claro ao pessoal da A2 Filmes pela cabine de imprensa, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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