No longa, o detetive Danny Rourke se envolve na investigação de um caso complexo envolvendo uma série de roubos em larga escala. No decorrer da investigação, Rourke descobre que sua própria filha - que está desaparecida - pode estar conectada ao caso de alguma forma. E além da pressão para resolver os crimes, o detetive ainda precisa lidar com um misterioso programa do governo que, assim como sua filha, pode ter algo a ver com a conspiração.
O mais engraçado de tudo é que os fãs do diretor e roteirista Robert Rodriguez que forem conferir a trama esperando algo com sua cara irão sair muito decepcionados, e acredito que aqui está o grande motivo de tantas notas baixas, pois ele entrega um filme que não tem a sua assinatura, mas que funciona com muito estilo, sendo bem diferente de pegada, tendo cenas violentas tradicionais do diretor, porém ele faz sua trama ter atos mais inteligentes e desenvolvidos, com sacadas tão bem trabalhadas que acabamos nunca sabendo o que é real ou o que é ilusão por parte dos protagonistas, vendo tudo acontecer e sendo surpreendido com as mudanças e desenvolturas que impactam no resultado, e mais do que isso, acabam chamando a atenção quando se vê por outro ângulo, ou seja, o diretor brincou bastante com tudo, e fez um filme inteligente, cheio de expressividade, que não cansa por ser bem curto para um filme desse estilo (apenas 93 minutos) e que mudou bem a forma de encarar a realidade mostrada na tela (aliás, se esse conceito de hipnóticos existir realmente é de ficar com medo).
Quanto das atuações, diria que Ben Affleck foi bem colocado em cena com seu Danny Rourke, porém dava para ter trabalhado um estilo mais canastrão que chamaria mais atenção, pois seus trejeitos colocaram em dúvida toda a essência de seus atos finais, mas que no contexto completo acaba funcionando bem. Agora quem foi bem impressionante de trejeitos e estilos foi a brasileira Alice Braga com sua Diana Cruz, sendo bem complexa dentro do estilo da trama, criando nuances e desenvolturas bem rápidas, e principalmente não se entregando com facilidade, o que acabou agradando demais. William Fichtner acabou sendo meio que um personagem coringa cheio de incógnitas com seu Lev Dellrayne, de modo que em alguns atos acaba sendo surpreendente, mas em outros pareceu meio que perdido na tela, o que não incomoda, mas que dava para ir mais além. Quanto aos demais, praticamente todos tiveram conexões bem encaixadas com os protagonistas, e uma ou outra cena para aparecer mais, valendo apenas um leve destaque para JD Pardo com seu Randy Nicks e Dayo Okeniyi com seu River.
No contexto visual a trama é bem interessante pelo jogo entre realidade e imaginação, aonde os hipnóticos mudam cenários, personalidades das pessoas e tudo mais num jogo bem maluco, e a sacada de mostrar depois como tudo era em dois atos é algo que chega a explodir a mente, mostrando tanto uma boa sacada do roteiro quanto da equipe de arte, pois é fora de série, e o resultado assim acaba funcionando mais como algo simples pode ser chamativo, e que claro usando muita tecnologia computacional bagunça nossas cabeças.
Enfim, é um filme com uma proposta bem marcante, que brinca com a mente do público, e que principalmente deve ser visto como algo ousado e diferente, pois se esperar muito dele vai se decepcionar, se for esperando um filme tradicional do diretor vai se decepcionar, e se abrir a mente para tudo vai sair com o queixo no chão, então faço essa recomendação de não ver muita coisa sobre o longa, pois qualquer spoiler vai estragar a experiência, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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