Netflix - A Bailarina (발레리나) (Ballerina)

10/08/2023 11:49:00 PM |

Olha, tem vezes que dou play em alguns filmes nas plataformas de streaming e fico me perguntando depois a motivação de ter feito isso, pois entregam nada ou quase nada no enredo e depois venho aqui pensando até como falar isso, mas é a vida. E claro que comecei falando assim do filme sul-coreano da Netflix, "A Bailarina", pelo simples motivo de que já vi uma tonelada de filmes sobre vingança pessoal, e bem poucos funcionaram com precisão, pois sem ter a base completa acabam soando artificiais, e contando tudo, o resultado acaba sendo cansativo, então é necessário algo que saia dos eixos e não seja repetitivo para funcionar bastante, e não foi o caso aqui, pois a trama já começa do meio, e vamos descobrindo as coisas com os flashbacks da protagonista, tendo no miolo a junção de tudo com a exploração de mulheres, e claro muita explosão de lutas e tiros pela protagonista, que não convence muito por tudo o que faz, mas acharam que faria sentido só de trabalhar como segurança. Ou seja, é daqueles filmes que nem vai muito além, não chama a atenção, só não sendo cansativo por ser bem rápido, mas é mais rápido ainda escolher outro, pois esse não vale a pena.

A sinopse é bem simples e nos conta que a impiedosa ex-guarda-costas Ok-ju persegue Choi, o homem responsável pela morte de sua melhor amiga Min-hee, a quem jurou vingar.

Se a estreia da diretora Chung-Hyun Lee foi sensacional com "A Ligação", aqui ela apenas mostrou que sabe criar boas cenas dinâmicas sem que o público se canse do que está sendo mostrado, pois seu filme literalmente foi jogado na tela, com uma proposta estranha, uma desenvoltura de vingança meio que sem sentido, entre outros elos, e o resultado até prende o espectador, mas não trabalha uma história que convença a todos, parecendo até mesmo um recorte de algum outro filme ou série que apenas foi colocado como peça de marketing dentro da plataforma. Ou seja, faltou muito para que o filme funcionasse e fosse mais chamativo.

Quanto das atuações, Jun Jong-seo até foi bem imponente com sua Ok-ju, trabalhou trejeitos fortes e diretos, e soube dimensionar bem algumas expressões mais emocionais junto de sua amiga bailarina, de tal forma que podemos dizer que até tinham alguma conexão a mais, mas o que ficou no ar foi seus métodos de luta e tudo mais. Kim Ji-hun também foi bem sacado com seu Choi, mostrando um misto de traficante de drogas e de mulheres, fazendo obrigações com venda de imagens dos encontros, e conseguiu se impor bem com as dinâmicas mais colocadas, só diria que deveriam ter usado mais seu visual pós corte na boca aparecendo mais, pois como o chefão do crime falou, ficou mais impactante. As poucas cenas que tivemos de flashbacks com Min-hee interpretada por Park Yu-rim foram bem levinhas e emocionais com a protagonista, sendo bem doce e interessante, de modo que valeria brincar mais com ela, mas não era a ideia da trama. 

Visualmente o longa trabalhou em ambientes bem marcantes, mostrando um pouco do estilo do antagonista, indo para um hotel cheio de apetrechos sexuais, a mansão com vários pen-drives dos crimes e até mesmo o apartamento da bailarina cheio de luzes neon deram um tom diferente para o longa, mas sem dúvida a equipe de arte adorou fazer a cena no laboratório com várias plantas e personagens levando mil tiros pra todo lado, quebrando tudo e voando tudo abaixo, ou seja, fizeram ao menos o dever de casa.

Enfim, é um filme bem fraco de história, que quem curte tramas de tiros e lutas é capaz que fique feliz com algumas cenas, mas nada que faça valer realmente o play na plataforma, mas fica ao critério de estilo e gosto de cada um, ao menos estou recomendando não cair nessa bomba como eu cai. E é isso meus amigos, infelizmente hoje o domingão foi bem ruim de escolhas, mas a semana está apenas começando, então com certeza verei muitos outros bons filmes para recomendar, então abraços e até amanhã.


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