Diria que o diretor e roteirista Patrik Eklund foi ao menos criativo dentro do processo desenvolvido por seu longa, pois logo de cara vemos algo no estilo de uma maquete mostrando basicamente como tudo acabaria ao final do dia, e assim já vemos nos vários elementos cênicos, como toda a desenvoltura irá rolar, e como já disse no começo, o que diferenciou ele de um slasher jogado tradicional foi dar um âmbito maior para que o personagem estranho, ou melhor, quem estava dentro dele sair matando as pessoas ali da conferência, mas dava para brincar um pouco mais, talvez dar um sumiço de algum personagem para depois que todos estivessem crentes de ser essa pessoa aparecer outra, mas como não desenvolveu assim, ao menos não deixou tudo jogado, o que mostra técnica pelo menos. E falando em técnica, diria que soube ousar bem nas formas que usou para matar cada personagem, não sendo apenas uma faca ou uma motosserra como muitas vezes ocorre nesse estilo, mas usando de tudo um pouco o que deu um algo a mais para o filme não ficasse tão simples.
Quanto das atuações, posso dizer facilmente que torci para que o assassino matasse logo metade do grupo, pois os personagens fizeram bem os estilos tradicionais que vemos nas conferências empresariais, e que são chatos tanto no trabalho quanto nos momentos de maior descontração, e vê-los representados na tela mostrou que os atores fizeram boas pesquisas. Diria que Katia Winter se colocou como protagonista com sua Lina, mas fez tantas caras e bocas que acaba mais incomodando seu ar de meio passada do que se impondo como deveria realmente. Adam Lundgren segurou bem o estilo de seu Jonas, como aquele que é o querido dos chefes, mas que está armando tudo pelas costas, e o ator trabalhou bem em seus atos, mesmo sendo chato em muitas cenas. Maria Sid fez a tradicional chefe com sua Ingela, se achando e gritando demais, e claro que foi usada a famosa referência para se fazer reverência com ela, e assim ao menos acabou engraçada. Ainda tivemos alguns bons momentos engraçados do puxa-saco vivido por Christoffer Nordenrot e algumas sacadas com Marie Agerhäll como a treinadora Cleo, mas nada que fosse muito além.
Visualmente a trama entregou boas cenas de mortes, algumas bem toscas como a da jacuzi com um motor de barco, mas mostrou bons momentos na floresta, usou boas sacadas com a personagem fumando atrás do balcão e a fumacinha aparecendo, alguns momentos bem trabalhados nas correrias, e claro tudo dos chalés sendo úteis nas confusões e correrias, não sendo algo genial, mas que conseguiram trabalhar bem para representar um lugar de férias, e claro o destaque para a maquete que é usada no começo do filme para representar tudo o que vai ocorrer.
Enfim, é um filme que facilmente dá para classificar como tosco e exagerado, mas que quem gosta do estilo slasher vai curtir a bagunça da matança toda, só poderia ter melhorado um pouco os personagens que vão morrer, mas nesse estilo é assim que sempre são, para torcermos para o assassino, então fica a dica para só dar o play realmente se gostar do estilo, senão a chance de odiar tudo é bem grande, pois a trama é de mediana para baixo. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas hoje ainda tenho mais um filme para conferir, então abraços e até logo mais.
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