Felizmente como já disse em outros casos, um filme que deu certo deve sempre ter todas as continuações dirigidas pela mesma pessoa, e aqui toda a trilogia foi comandada por Walt Dohm, que a cada longa teve um companheiro diferente para aumentar sua criatividade lúdica, e aqui acompanhado de Tim Heitz conseguiram manter a mesma essência, desenvolver novos personagens, e claro conectar tudo de uma maneira dinâmica que não ficasse cansativa (afinal o excesso de cores pode cansar também), e principalmente brincasse com o público, de tal forma que vemos um filme carismático de personagens, com uma pegada meio que road-movie em busca dos irmãos separados perdidos no mundo, e que acaba sendo interessante ver como o mundo Troll foi muito ampliado desde o longa de 2016. Ou seja, alguns podem até criticar esse estilo de manter a base e ir incrementando nas continuações para fazer algo maior, mas que funciona bem, vende muito material extra (pelúcias e produtos licenciados), e que acaba agradando bastante de certa forma, claro que sem ir muito além na criatividade, mas que não erra indo pelo desconhecido ao menos.
Quanto dos personagens, a base foi mantida com Poppy bem dublada pela cantora Jullie e Tronco por Hugo Bonemer, ambos bem dimensionados com a garota ligada no 220 e o jovem mais fechado, porém bem esperto, e agora incrementaram com os outros irmãos de Tronco, todos bem trabalhados nos estilos pós-banda, e a maluquinha irmã de Poppy, Viva, que foi dublada por Larissa Manoela, e ainda tivemos bem interessantes os vilões Veludo e Cotelê que foram bem dublados por Karen Padrão e Marcus Eni. Ou seja, todos doaram suas vozes para canções bem colocadas, divertiram na jornada e agradaram com estilo e boa desenvoltura, tendo destaque para o uso cada vez de materiais diferentes nos personagens, não sendo algo como um stop-motion, e sim computação animada, mas a esposa de um dos irmãos de Tronco parecia feita daqueles bonecos de linhas, os vilões em algo misto diferente, e isso acabou brincando com técnicas visuais digamos assim novas para a animação, o que chamou atenção na tela.
Visualmente a trama manteve o colorido tradicional bem marcante dos outros dois filmes, mostrou bem pouco da vila Troll do primeiro longa, indo agora por outros caminhos, mostrando uma vila mais reclusa aonde outros trolls vivem escondido contando com minigolfe e outros aparatos, vemos uma vila de praia e festa, e claro toda o luxo das paradas de música, tudo com muitas cores, brilhos e movimentos para dar algo bem pop tradicional da pegada da trama. Agora tivemos ainda um botão do carro/cachorro que levou os personagens numa viagem insana em 2D meio borrado, com algo maluco, que quase pareceu uma ingestão de drogas bem louca, que não sei o que os diretores queriam com isso, mas ficou maluco. E quanto o 3D do filme, só mesmo de profundidade, dando mais sombras para os personagens, algumas texturas, mas nada além disso, sendo quase dispensável o uso dos óculos na sessão.
Enfim, é uma animação divertida que faz valer o passatempo tanto para adultos quanto para as crianças, que está bem longe de ser o sucesso do primeiro e a criatividade do segundo, mas valeu por fazer também a reunião dos membros do NSYNC para gravar a música final do longa, inclusive com trolls novos feitos bem parecidos com os cantores da banda. Então fica a dica para levar a criançada no final de semana das crianças, já que veio como pré-estreia em vários horários, entrando em cartaz oficialmente na próxima quinta-feira (19/10). E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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