Diria que a diretora e roteirista Emma Seligman soube usar bem o tema para a desenvoltura que desejava entregar, porém ela acabou misturando tudo de uma forma tão pontual que como disse no começo deixa margens para o público mais ferrenho dizer que a trama tem toda uma politicagem em cima de questões de gêneros, mas também deixa aberto para os mais sacanas falarem que é algo completamente contrário que a diretora trabalhou com ironia tudo o que foi apresentado, ou seja, deixou aberturas complexas que poderiam ter sido sanadas com pouquíssimos atos, mas que acredito que tenha sido a ideia ambígua que ela queria realmente, e assim sendo mostrou seu estilo brincando muito facilmente na tela.
Quanto das atuações, as jovens Rachel Sennott e Ayo Edebiri se entregaram por completo com suas PJ e Josie, trabalhando trejeitos bem marcados, jogando tudo para cima e lutando pra valer nas cenas, de modo que é até engraçado ver depois nos créditos como foram filmadas as cenas, mas não demonstraram insegurança nas suas cenas e agradaram bastante segurando bem o protagonismo do longa. Ruby Cruz e Havana Rose Liu também trabalharam bastante suas Hazel e Isabel, ficando um pouco em segundo plano, mas botando a banca nos atos que precisaram e indo bem além com os atos mais intensos, sem decepcionar. Ainda tivemos muitos outros personagens interessantes, mas o destaque entre os secundários é claro que recai para Marshaw Lynch como o proferor Sr. G bem esquisito de ideias, mas imponente na didática, e um destaque meio que exagerado de trejeitos ficou para Nicholas Galitzine com seu Jeff forçado ao máximo.
Visualmente a trama teve alguns atos mais explosivos (literalmente), mas ficou mais preso mesmo numa sala de aula, no ginásio, no refeitório e no campo da escola, tendo claro os devidos adereços tradicionais de filmes do estilo, mas abusando de imagens bem sexistas nos cartazes para valorizar o tipão atlético do jogador alfa do time, tiveram alguns momentos nas casas das protagonistas, mas principalmente a trama focou nas dinâmicas de lutas e reflexões na quadra, o que fez com que a equipe de maquiagem caprichasse nos sangues voando e claro nos cortes e inchaços, o que foi bem usado e mostrado.
Enfim, não é um filme que eu recomendaria de cara se me perguntassem, mas que também não é ruim, sendo daqueles que entregam alguns atos intensos bem trabalhados e divertidos de ver, porém dava para ter feito um filme incrível usando os mesmos argumentos sem precisar apelar, e assim ficaria mais claro as intenções da diretora, então fica a dica para conferir, mas sem esperar nada demais dele. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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