Diria que o diretor Gary Auerbach trouxe uma perspectiva até que interessante para o seu filme, de modo que até dá para entrar na tensão da garota que está desesperada do outro lado da linha, e claro no estilo meio que de medo mas também de coragem da garota deficiente, de tal forma que o problema da trama está no roteiro, pois não é nenhum pouco convincente a história da garota deficiente que tem a madrasta atrás dela com ceifadores mascarados que não matam de cara, mas sim ficam fazendo você passar medo, e os personagens foram muito toscos, não entregando nada que agradasse ver em seus personagens, ou seja, até seria interessante a trama com matadores profissionais atrás dela e do seu mentor, que era um assassino que foi tentar matar ela e acabou virando amigo, mas sem as micagens, pois beira o ridículo o que ocorre em algumas cenas, mas ao menos a reviravolta com a garota agorafóbica ficou ao menos interessante, mas também pouco provável de acontecer numa realidade.
Quanto das atuações, diria que tanto Elyfer Torres quanto Hunter King foram bem dinâmicas com as personalidades que passaram para suas Alejandra e Jael, pois enquanto a primeira conseguiu se mostrar deficiente visual (coisa que não é na vida real), trabalhar bem as orientações da outra e se jogar com estilo, a outra fez trejeitos reais de medo de sair de fora de sua casa, de modo que trabalhou bem e conseguiu soar convincente nas suas atitudes. Ainda tivemos um início interessante para Maurício Ochmann com seu Juan, e claro muitos atos de flashbacks para mostrar como ele se tornou um mentor para a garota, mas seu final ficou meio que aberto demais para uma continuação, o que não funciona para a trama. Quanto aos demais, vou preferir nem falar nada, pois não vale a pena.
No conceito visual vemos uma casa bem básica, com um quarto com tranca, uma floresta/bosque com poucas árvores para não atrapalhar tanto a caminhada da protagonista no meio da neve, sendo tudo bem escuro apenas contando com uma iluminação teoricamente do celular, embora haja algo meio de contra para que a personagem aparecesse, e do outro lado vemos uma jovem com um equipamento bem imponente para com seu trabalho dentro de casa, um carro, algumas armas como taser, machete e um martelinho de gelo, e mais próximo ao fim uma pequena casa da árvore, só que no chão, além claro de ficarmos de olho na torre de água, que vai ter um significado mais próximo ao fim também, não sendo algo impressionante, mas também não sendo ruim o trabalho da equipe de arte.
Enfim é um filme que até dava para ter ido mais além, mas que se perdeu no miolo e principalmente jogou tudo fora com os "vilões", sendo algo que não dá para se convencer que alguém faria aquilo, e de uma forma que nem os bonecos do BBB são tão bobos naquele ponto, ou seja, tirando as cenas violentas de mortes no segundo ato, o restante é uma decepção imensa não valendo o play. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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