Diria que a ideia em si de terror usando culturas diferentes até funcionam bem, mas acredito que por ser o primeiro longa do diretor e roteirista Bishal Dutta, ele não conseguiu trabalhar bem os argumentos de forma a convencer por completo toda a ideia do monstro, ficando algo muito aberto para uma síntese que merecia rumos melhores. Claro que ele conseguiu ser bem simbólico dentro da ideia completa, mas ficou faltando aquele arrepio real que sentimos ao ver um bom terror, que cria toda aquela tensão de ir olhando pelo caminho até chegar no estacionamento, mas quem sabe ele corrija isso na continuação, já que deixou aberta a ideia para algo mais tenso, então veremos no que dá.
Quanto das atuações, Megan Suri entregou uma Sam interessante de trejeitos, com uma pegada meio que mista entre duvidar do que está acontecendo realmente com medo em alguns atos e uma coragem até que exagerada em outros, de tal forma que funciona, mas é estranho ver esse tipo de personalidade em um filme do estilo. Ja Mohana Krishnan trabalhou sua Tamira de um modo que ela chega a ser assustadora de ver, com trejeitos meio que fortes e dinâmicas intensas que causam um certo temor, ou seja, até que foi bem em suas cenas, e talvez se usassem mais ela o filme recairia para outros rumos. A professora vivida por Betty Gabriel até entregou alguns bons momentos, mas diria que exagerou um pouco em tudo, e claro o jovem Gage Marsh soou tão falso em suas cenas, que como costumo falar em filmes desse estilo, acabamos torcendo pro bicho pegar logo ele. Ainda tivemos os pais vividos por Neeru Bajwa e Vik Sahay, que até tiveram algumas cenas envolventes com a entidade, mas não foram muito além dentro da trama.
No conceito visual a trama teve a tradicional casa abandonada, aonde o rapaz morreu, e é claro que vão lá mexer aonde não deviam, tem cenas intensas dentro da escola, com a professora brincando de apagar e acender a luz do banheiro, tem todo um momento de ritual indiano bem cheio de detalhes, e alguns efeitos meio que estranhos de ver, mas que só não foram mais estranhos que o bichão chamado pishacha, que no escuro ficou interessante de ver só com os olhinhos, mas por inteiro ficou um misto de Godzila com Alien que não agradou muito não.
Enfim, é uma trama que dava para ter ido mais além e causado mais, principalmente pelo trailer vendido que pareceu muito mais interessante de resultado, mas precisaria mudar muita coisa para funcionar, então vou dar a nota pelos leves arrepios em algumas atos, mas nada que causasse como deveria, e sendo assim não recomendo o longa para ninguém. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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