Diria que o diretor Claudio Boeckel usou bem o roteiro de Íris Abravanel para que o filme tivesse um estilo próprio bem colocado, de modo que não é algo que impressione realmente no sentido que um filme poderia ir além, parecendo talvez um pouco como um especial ou algo do estilo, mas que tem uma boa entrega dos personagens e também uma história convincente como deve ocorrer, e assim sendo mesmo sendo bobinho de interpretações e com vários momentos meio que desnecessários, o resultado acaba sendo interessante pela proposta em si, o que não incomoda tanto, e mostra que dá para ser criativo no conceito de filmes desse estilo.
Mas se a história fugiu um pouco do ar novelesco, não posso dizer o mesmo das atuações, pois os personagens pareceram realmente num filme de férias da novela, com cenas meio que brincando, fazendo trejeitos meio que soltos demais, e não aprofundando tanto quanto poderiam ir além na tela, mas ao menos não desapontaram com o que fizeram, tendo claro a liderança de Sophia valverde com sua Poliana, entregando bons trejeitos, mas sendo ingênua demais em alguns momentos, coisa que aparentemente já vem da novela, e contando com um estilo mais fechado não foi além na tela, se prendendo demais em tudo. Os demais jovens até entregaram atos espaçados bem conectados com a protagonista, dando mais nuances emocionais e tentando fluir na tela, mas sem grandes destaques para Igor Jansen com seu João, Duda Pimenta com sua Kessya, e Enzo Krieger com seu Luigi, sabendo bem desenvolver suas cenas, mas também sendo básicos para o funcionamento da trama. Já quanto dos personagens fora da novela, diria que Barbara Franca forçou um pouco para que sua Germana tivesse a pegada clássica de uma vilã que parece boazinha pela frente, mas destrutiva como uma empresária sem escrúpulos, mas que poderia ter fluido melhor sem que precisasse parecer boba, o mesmo posso dizer de Pablo Morais com seu Léo, então quem acaba salvando um pouco mais dentre os personagens secundários é Larissa Bocchino com sua Cíntia, mas também sem grandes atos explosivos, apenas sendo bem consciente do projeto que estava defendendo.
Visualmente a equipe de arte aproveitou bastante a locação paradisíaca, mostrando até demais a frente do hotel com suas cadeiras relaxantes, usaram bons momentos em uma vila nativa bem colocada com uma festa regada a música e comidas de praia bem bonitas de se ver, mostraram bem os desastres das chuvas com o desmatamento do ambiente, e claro os perrengues que muitos adolescentes acham que vão se divertir entre hóspedes dos hotéis dos trabalhos de férias, mas acabam limpando banheiros, cozinhas, comendo comidas mais simples e ficando alocados em depósitos, o que é bem realista e bacana de ser mostrado.
Enfim, não é um longa genial, que você vai sair da sessão comemorando com uma história incrível, mas ao menos tem uma boa entrega e funciona sem focar tanto na novela, e assim não incomodou alguém como eu que nunca nem vi um capítulo, mas que certamente quem acompanhou irá gostar bem mais. E é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto logo mais com outro texto de hoje, então abraços e até breve.
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