Diria que o diretor e roteirista Eli Roth é daqueles malucos que o estilo permite, aonde você fica imaginando se é alguém normal para pensar em histórias tão violentas, mas isso para o estilo é genial, pois ele sabe segurar seu estilo do começo ao fim na trama, não deixando que o longa desandasse ou caísse para rumos bobos como muitos outros se deixam levar. Ou seja, ele colocou como foco algo misterioso, mas cheio de mortes fortes e brincou bastante com seus personagens, de modo que tudo ali parece exagerado, mas ele soube ir até o ponto aceitável da situação, e o resultado acabou ficando genial e com tantas nuances que acabamos querendo mais, então vamos torcer para que ele traga muito mais, afinal sobrou muita gente viva ainda no longa, e isso não acontece na maioria dos filmes de terror.
Quanto das atuações, diria que Nell Verlaque trabalhou sua Jessica no estilo tradicional de mocinhas de filmes de terror, que corre bastante, que grita e que sempre está no lugar errado e na hora errada, de modo que entrega uma boa personagem e agrada dentro do estilo, sem ir muito além, mas sendo funcional. Patrick Dempsey trabalhou seu Xerife Eric Newlon com uma boa postura, fez alguns trejeitos bem expressivos nos atos iniciais, e conduziu bem todas as suas cenas ao ponto de não ser nem muito explosivo, mas também não ficar jogado no longa. Milo Manheim chegou com tudo nesse ano, e no Brasil nessa semana, afinal esteve no longa que vi ontem "Jornada Para Belém" cantando e dançando, e hoje trabalhou seu Ryan de uma maneira bem interessante de aparecer e desaparecer em cenas chaves, ao ponto que acabamos duvidando bastante da índole de seu personagem, e costumo dizer que esse estilo é o que mais funciona numa trama desse porte, ou seja, foi muito bem no que fez. Ainda tivemos bons atos com Jalen Thomas Brooks com seu Bobby meio que exagerado de trejeitos, mas bem colocado também como possível suspeito, e criando boas nuances chamou atenção com o que tinha para fazer, Rick Hoffman com seu Thomas Wright ficou bem estranho sempre com um sorrisão meio forçado, mas sendo o dono do mercado tinha de ser alegre assim mesmo, e sem me alongar muito vou dar mais um destaque para Karen Cliche com sua Kathleen, mas não pelo que fez enquanto viva, mas sim pela forma que foi servida na mesa, que chamou muita atenção, os demais fizeram tradicionais gritos e desesperos, e foram bem dramáticos em suas mortes, o que agrada bastante na trama, e o mais engraçado foi o jeito que o diretor gravou o longa, colocando vários atores como assassino para não entregar a verdadeira identidade do personagem que estaria nos atos finais da trama, e isso funcionou bastante.
Visualmente a trama foi perfeita com os efeitos de maquiagem e cenografia, tendo já no início o caos no mercado com uma multidão pisoteando os demais, cortando pedaços e saindo literalmente na porrada para conseguir alguns eletrodomésticos promocionais, depois o assassino fazendo picadinho das vítimas das melhores formas possíveis, algumas já no trailer dão o tom, mas tiveram ainda muitos outras com boas próteses e claro muito sangue para todos os lados, tendo um desfile bizarro ainda e claro um galpão bem sem iluminação para pegar alguns detalhes no susto. Ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante e o resultado funcionou.
Enfim, é um filme que tem o seu diferencial, que vai conseguir agradar bastante a galera que curte o estilo, e também deve chamar a atenção para quem gosta de terrores mistos com suspense, então fica a dica para conferir, e claro por enquanto é só especulação da continuação para 2025, mas irei torcer, pois como disse sobrou muito personagem vivo na cidade, e isso não é normal em uma produção do estilo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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