Antes de mais nada, hoje foi apenas uma pré-exibição comemorativa do aniversário de 70 anos do Godzilla que é comemorado até no Japão com seu dia em especial, e aqui temos o verdadeiro lagartão radioativo que muitos amam ver as destruições que causa, sem ser o amiguinho que temos visto nos outros filmes americanos, então dia 14/12 quando estrear efetivamente, todos poderão conferir a imponência que o diretor, roteirista e editor Takashi Yamazaki fez em sua versão, pois ele usou muito bem toda a sacada de um pós-guerra, as paranoias que soldados ficam em sua mente, a devastação já iminente de um lugar arrasado, sendo atacado por algo que nem sabem o que é direito, fora outras boas pegadas e sacadas críticas que pontuou sobre a guerra e sobre a política do país, de tal forma que o diretor soube fazer um filme quase que sem o bichão, e outro com ele destruindo tudo nos mesmos 125 minutos, aonde dá para se discutir muita coisa para aqueles que não curtirem tanto as coisas engraçadas de ver um bicho estranho destruindo uma cidade aleatoriamente, quanto dá para torcer que ele coma logo até um narrador de ataque no estilo de uma competição esportiva. Ou seja, é um filme amplo aonde tudo é abstrato e ao mesmo tempo é recheado de efeitos, alguns bem intensos, outros meio toscos, mas que funcionam bem dentro da proposta, então vale o resultado por completo.
Quanto das atuações, diria que o jovem Ryunosuke Kamiki conseguiu chamar a responsabilidade completa do filme para seu Koichi Shikishima, trabalhando bons trejeitos, desenvolvendo emoções e criando atos tão completos que como já disse supera até a presença do bichão, e que se o filme fosse separado veríamos uma história dramática com uma personificação única bem colocada do ator, ou seja, foi muito bem no que se propôs e entregou tudo. Minami Hamabe trabalhou sua Noriko com uma doçura bem encaixada, desenvolvendo seus atos com simplicidade e criando as devidas nuances para que ela não recaísse como casal, mas também tivesse seus envolvimentos, e soube trabalhar bem para que o filme não focasse tanto nela, mas estando sempre presente o que agrada bastante também. Outro que conseguiu chamar muita atenção foi Hidetaka Yoshioka com seu Noda, que trabalhou bem a personalidade dentro de seu navio, mas no ato que assume a responsabilidade de criar a força tarefa se mostra como um bom gênio de armas e chama para si tudo ali, o que acaba agradando bastante. E por fim, diria que Munetaka Aoki tem uma boa presença forte em cena com seu Tachibana, de modo que na ilha ficou apenas como alguém meio rancoroso, mas nos atos finais participou bem e deu o ensejo para o gran finalle da trama.
O mais bacana do visual do longa é ver a destruição das cidades, coisas voando pela tela, pedaços de tudo o que se possa imaginar, e claro também a cidade já devastada pelos bombardeios, de modo que a equipe de arte foi bem simbólica no estilo de cada cena, mostrando barcos e aviões desativados sem as armas, o navio de remoção de minas todo em madeira bem explicado, mas principalmente os efeitos e claro o lagartão cheio de apetrechos radioativos que vão formando uma gigantesca explosão na tela do cinema que chama bastante atenção, mostrando que pensaram bem em tudo, então dava para deixar o bichão feio, mas menos artificial.
Enfim, é um filmão bem interessante, que até acaba sendo engraçado pelo sentido que muitos foram para ver uma trama de devastação pelo lagarto gigante, mas que teve uma história muito mais bem desenvolvida que muitos filmes de monstros, e que acaba funcionando bem demais na tela, e assim valendo a recomendação. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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