O longa nos conta que Rebecca Holland assume o comando da igreja de um pequeno vilarejo inglês e, durante um festejo local, sua filha desaparece. Enquanto os moradores e a polícia se unem para encontrar a menina, segredos sombrios do vilarejo surgem colocando Rebecca em um empasse ao ter que decidir o quanto está disposta a sacrificar para salvar a filha de um tenebroso destino.
Antes da minha sessão começar trocando umas figurinhas com um amigo que tinha acabado de ver o filme, ele fez uma ótima comparação entre o que tinha visto com "Midsommar - O Mal Não Espera a Noite", e embora seja um filme que dei até uma ótima nota, não é dos meus favoritos do gênero, principalmente por ser exageradamente abstrato, então entrei na sessão já pronto para talvez jogar algumas pedras no diretor William Brent Bell, mas felizmente isso não foi necessário, pois ele pegou o roteiro de Tom de Ville e simplesmente brincou na tela, não querendo deixar nada abstrato e simbólico para altas filosofias, mas sim uma vila que sempre teve grandes colheitas adorando um ser, evitando todo o ato religioso cristão, e quando uma reverenda assume a comunidade acabam pegando a filha dela como oferenda para o ser, simples, básico, direto, e aí entra toda a abertura de crenças, como uma serva absoluta de Deus entenderá tudo e todos que pareciam ultra-amistosos mudarem de vértice, e tudo mais, que vai com toda certeza chamar muita atenção e resultará em algo estranho, mas brilhante de ver.
Quanto das atuações, diria que Tuppence Middleton trabalhou bem sua Rebecca, criando uma personalidade inicialmente calma e tranquila, mas que depois se desespera e quase entra numa rotina inquieta e direta para achar ela, de tal forma que trouxe trejeitos imponentes do começo ao fim, e soube se manter como protagonista mesmo nos atos em que outros puxavam o ar para si, e isso em um filme do gênero é primordial para agradar. Outro que deu um tom bem marcante foi Ralph Ineson com seu Jocelyn, trabalhando bem tanto os atos mais densos aonde precisou se expressar por completo, quanto nos atos incorporado com sua máscara, tendo praticamente duas personalidades fortes e instigantes de ver. Ainda tivemos atos bem colocados de Matt Stokoe com seu Henry meio apático demais, mas que estava bem presente em quase todos os atos, e também o estilo das garotinhas Evie Templeton com sua Grace e Alexa Goodall com sua Bryony, mas sem dúvida entre os secundários, os atos da velhinha Ida que Jane Wood entregou praticamente incorporada, com risadas tensas e trejeitos fortes fez valer demais o destaque para ela.
Visualmente a trama tem uma boa intensidade cênica, com uma vila sendo marcada por vários atos na casa da protagonista, uma celebração da festa em um bosque, alguns atos em um bar, e uma igreja bem simples, tendo vários elos cênicos com os adereços feitos de cabelo, ovos galados com muito sangue, máscaras e tudo sendo bem sujo na tela para dar uma impressão mais forte, além disso muitas cenas escuras apenas iluminadas por tochas ou fogueiras, o que deu um realce bem interessante de ver, pois não ficou com algo que não fosse possível de enxergar, e principalmente não é um longa de sustos gratuitos, então tudo tem seu devido uso.
Enfim, é um filme intenso e marcante, que muitos talvez não entrem por completo no clima que a trama passa e acabarão não curtindo toda a ideia, e claro mesmo tendo algumas poucas cenas fortes não chega a ser daqueles terrores que chocam, então vale a conferida para quem curte o estilo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com minha retrospectiva do ano, então abraços e volto em breve, ou melhor, no ano que vem com mais dicas de filmes!
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