Diria que ao menos o diretor John Woo voltou a gravar após um período de 6 anos longe das câmeras, e claro trazendo seu estilo ao máximo para os amantes de um bom filme de pancadaria e tiros, mostrando que para quem gosta, não é preciso ficar pensando em falas mirabolantes e desenvolturas, basta armar bem o protagonista e colocar ele para fazer umas ações explosivas que tudo dá muito certo. Ou seja, o roteirista Robert Archer Lynn entregou uma trama aonde apenas criou as dinâmicas de tela e nem se preocupou se alguém falaria algo, ou se precisaria ter alguns dizeres ali, e isso até entrega uma certa personalidade com a imponência do estilo do diretor, mas se nem o protagonista nas gravações aguentou ficar sem falar nada, imagina quase duas horas sem ninguém falar um A que seja, com uma hora já estava incomodado, mas ao menos funciona dentro da proposta, o que acaba sendo interessante.
Quanto das atuações, é fato que Joel Kinnaman entregou tudo e mais um pouco para seu Brian, correndo ensanguentado, treinando horrores para ficar musculoso, lutando de todas as formas, fazendo drift com o carro, preparando armas e tudo mais, e claro fazendo trejeitos fortes com os olhares, já que não tinha como se expressar com a voz, então dominou os ambientes e agradou com o que tinha que fazer. O garotinho Anthony Giulietti trabalhou bem as cenas mais emocionais, entregando bons trejeitos nos atos de flashback e sendo gracioso e envolvente para que o público ficasse com mais raiva ainda dos vilões. Quanto aos demais, Vinny O'Brien trabalhou como o poderoso vilão apenas dando um tiro na garganta do protagonista, e depois fez alguns atos com olhares espalhados, mas nada que chamasse a atenção, Kid Cudi trabalhou um policial com cara blasé que não leva nada a lugar algum, tendo alguns atos de tiros bem colocados no final, e Catalina Sandino Moreno até teve algumas desenvolturas e trejeitos emocionais no hospital, mas depois sumiu.
Visualmente a trama mostrou um bairro bem violento, aonde as gangues praticamente fazem um bang-bang a céu aberto e a polícia nem tem como interferir, vemos uma casa simples, mas que o protagonista transforma num centro completo de treinamento, vemos a transformação do carro para poder virar uma máquina de combate, muitas armas, e um prédio com uma escadaria bem intensa cheia de personagens para levar tiros, até chegar na noite natalina mágica que o vilão está tendo com sua amada drogada, ou seja, o básico do básico em filmes do estilo aonde tudo vira tiroteio, socos e facadas, com uma boa intensidade ao menos e câmeras com ângulos bem dinâmicos.
Enfim, é um filme que tem estilo e proposta bem direcionada para quem gosta de filmes de pancadaria que por vezes reclamam do excesso de falação, mas tudo precisa ser bem ponderado já que sem nada também acabou sendo um pouco chato demais, então fica a recomendação apenas para quem gosta, que vá conferir sem esperar muito também. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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