Diria que o diretor Matheus Souza é daqueles bem ecléticos de estilos, pois já dirigiu longas de várias formas e sempre mostrou que tem pegada para coisas diferentes na telona, mas aqui ele acabou sendo preguiçoso demais, pois a moda do influenciável é algo tão superficial que mesmo ainda temos muitas pessoas que acreditam em signos e suas "previsões", porém ele fez uma trama tão fechada apenas em duas festas que o longa parece nem sair de dois únicos ambientes, que embora estejam bem cheios de personagens não explodem o quanto poderia com as mágicas do livro da protagonista. Ou seja, vemos uma desenvoltura bem simples de estilo, aonde temos um começo lento, um miolo agitado demais e um fechamento morno que diverte como um passatempo, mas não causa como poderia, mostrando que o diretor não foi além da tela na sua pintura, bem como ocorre nos créditos aonde acaba a tinta da garota pintora e ela para de fazer sua arte.
Quanto das atuações, volto a dizer que Larissa Manoela tem uma personalidade bem forte e que cai bem em muitos estilos de papéis, mas precisa começar a acertar mais nas suas escolhas compatíveis com sua idade, pois embora sua Alice já seja formada, entregou uma garotinha que parecia estar na casa dos 16 anos e isso ficou meio estranho na tela, de modo que até tem uma entrega bem pautada, mas não fluiu como uma protagonista deveria fazer. Já Victor Lamoglia entregou bastante na tela com seu Pedro, tendo toda uma desenvoltura bem colocada, cheio de personalidade e totalmente influenciável pelas mudanças do livro, de forma que se soltou por completo e foi bem divertido com tudo o que fez na tela. Ainda tivemos bons momentos de Caroline Dallarosa com sua Marina bem emocional, mas centrada, Thuany Parente bem explosiva com sua Vanessa e André Luiz Frambach com seu Breno meio bobão demais, de modo que vale mais o destaque para Kevin Vechiatto com seu Inácio ficando com cara quase de psicopata adicionado pela irmã.
Visualmente como disse a trama ficou bem simples, tendo a casa da garota metodicamente arrumada pela mãe, o observatório como lugar leve aonde a protagonista vai para espairecer, a festa da prima na agência fazendo até um clipe inteiro na tela cheio de nuances, e a agência aonde a jovem vai trabalhar com personalidades flopadas simples demais, aonde temos algumas conexões bem montadas de estilo, mas nada que fosse surpreendente.
Enfim, é um filme bem mediano que tinha uma proposta maior e não decolou como deveria, de modo que o resultado acaba sendo simples e até ingênuo demais para um filme juvenil, aonde talvez a garotada ligada em influencers até chegue a curtir, mas os demais não vão ver nada que faça valer a conferida. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas vou conferir mais uma estreia hoje, então abraços e até logo mais.
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