Sinceramente acredito que o diretor e roteirista Dean Craig queria algo mais simples, sem grandes explosões de risos, mas que funcionasse bem dentro da proposta mais conflitiva entre primos brigando por uma herança, porém ele acabou não brincando como poderia com sua proposta e precisou usar de apelos forçados, principalmente pela personagem de Anna Faris, e com isso seu filme ficou como uma grande junção de esquetes que até é bem desenvolvida, porém que não faz rir, e isso como já disse outras vezes, é destruir uma comédia, afinal você quer situações que sejam engraçadas e que conectem tudo na tela, e nem que forcem a barra para isso, você deve rir, o que acaba não acontecendo. Ou seja, a trama ficou simples, bobinha demais, e acaba sendo notável que até mesmo os protagonistas estavam meio que constrangidos com as cenas, o que acaba desanimando ainda mais.
E falando nos protagonistas, quem vê uma Toni Collete em um filme sempre espera algo muito chamativo, mas sua Macey é meio insossa, sem grandes virtudes, faz algumas caras e bocas, e até tem a melhor frase expressiva nos atos finais, mas é notável na tela que a personagem não foi algo que ela imaginava, e quando isso ocorre em um filme, o desandar é um passo. Ja Anna Faris se jogou por completo na loucura de sua Savanna, foi exagerada, cheio de atos no grito como costumamos falar, e acaba exagerando um pouco em tudo o que faz para soar engraçada, mas não consegue ir muito além. David Duchovny colocou seu Richard/Dick com piadas mais diretas e trejeitos meio que numa tentativa de ser sedutor, mas não se impondo muito para esse lado, e com isso ficando sempre um passo atrás de suas cenas. Ainda tivemos o casal real e fictício de Rosemarie DeWitt e Ron Livingston como Beatrice e James, que trabalharam alguns atos até de certo modo engraçados pela pegada em si, mas ficaram muito em segundo plano, de modo que se o diretor apertasse um pouco mais tudo para o lado deles e menos das irmãs iria mais além. E claro tivemos Kathleen Turner como uma tia bem direta e cheia de trejeitos estranhos, que está quase como um objeto cênico já bem doente, mas ainda tem ânimo para dar alguns atos mais espalhafatosos e tentar marcar com sua Hilda.
Visualmente o longa se passa quase todo dentro da mansão, tendo algumas saídas para a casa mais pobre das garotas, o café delas praticamente abandonado, e um retiro de criminosos meio estranho, usando ainda algumas sacadas com jovens adultos que vivem jogando, e claro todos os elos que muitos ricos trabalham que acaba sendo a grande sacada tanto da herança quanto do que a jovem ganha, não sendo algo muito chamativo no quesito da direção de arte, mas que não falha ao menos na proposta.
Enfim, é um filme muito simples, sem atos que chamem atenção, e principalmente que fizessem rir, de forma que mesmo sendo curtinho acaba parecendo arrastado, e isso é algo extremamente desanimador dentro do estilo, então não tenho como recomendar ele para ninguém. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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