Diria que o diretor francês Thomas Vincent não entendeu muito da comicidade americana do roteiro de Seth W. Owen e acabou entregando um filme que não se desenvolve na tela, sendo praticamente uma resolução direta e não tão funcional, e para piorar, como falei no parágrafo inicial, o longa tem muito da ideia de outro filme lançado nesse ano, só que muito melhor, de tal forma que ficou parecendo que aqui apenas tiveram a ideia e lá resolveram ela, ou seja, faltou criar dinâmicas, desenvolver mais a personalidade do casal e da assassina, mostrar mais casos seus e aí sim no final explodir tudo, pois basicamente a moça conta tudo no café e pronto, já vão presos pra casa da madrasta e acontece tudo, sendo apenas uma leve surpresa a cena do abraço, pois ali eu não pensei na possibilidade, e então ficou chamativo ao menos. Ou seja, faltou um pouco de tudo para que o filme saísse de algo mediano e realmente chamasse atenção, e infelizmente a culpa não foi dos atores, mas sim de um roteiro fraco e de uma direção não muito inspiradora.
E falando das atuações, é notável que Kaley Cuoco se entregou bem para sua personagem Emma/Anna, criando atos bem explosivos, se jogando em lutas corporais e mandando ver nos olhares e trejeitos no ato que é realmente a marca do nome do filme que é o jogo dela com o marido no hotel, mas depois sua síntese acaba sendo rápida demais com a madrasta e acaba não fluindo tanto, de modo que ela apenas fica correndo e atirando. David Oyelowo até tentou trabalhar um pouco sua comicidade com seu Dave, mas não é bem seu estilo, então acabou sendo apenas alguém que fica na dependência da protagonista e não fluiu muito na tela, claro que por parte de um texto ruim que lhe deram. Agora quem surpreendeu e deveria ter tido mais tempo de tela é Bill Nighy com seu Bob, de modo que seus atos no hotel foram intensos e bem colocados, com o ator trabalhando ares mais sacados e bem encaixados para que sua comicidade não ficasse jogada, e isso funcionou muito bem na tela. Ainda tivemos muitos outros personagens secundários, mas claro que a dinâmica maior acabou recaindo para Connie Nielsen com sua Gwen, de modo que tentou aparecer um pouco em alguns atos, mas não chamou atenção.
Visualmente a trama até teve alguns atos interessantes, mostrando a casa dos protagonistas aparentemente normal, sendo bem bacana quando o jovem acha o baú com todas as coisas dela, e cartões de serviços com os telefones em cada país, tivemos uma boa perseguição num bar/boate, alguns atos interessantes no hotel com um bar tradicional e um quarto aonde rolam algumas dinâmicas bem encaixadas, e claro toda a casa da madrasta cheia de floresta e elementos bem chamativos para dar um charme ao filme, mas como disse tudo é muito cortado, então não flui, nem chama atenção como deveria.
Enfim, é um filme que tinha um certo potencial para ir mais além, mas que acabou sendo meio que jogado na tela, parecendo que quando viram que teria um filme muito parecido resolveram lançar ele sem estar pronto, e dessa forma o resultado acabou não indo muito além, sendo que até serve como um passatempo, mas não espere algo que chame a atenção. E é isso meus amigos, fica assim sendo minha recomendação para hoje, e volto amanhã com mais dicas, afinal hoje tem Critics Choice Awards para conferir no fim da noite, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...