Diria que faltou um pouco mais de experiência cênica para os diretores Samantha Jayne e Arturo Perez Jr., pois ao pegarem o texto da roteirista Tina Fey, que escreveu também o original de 2004 e a peça da Broadway aonde esse novo filme é inspirado, acabaram correndo um pouco com tudo e deixaram aberturas fáceis de não explodir, por exemplo talvez mais narração mesmo que musicalizada pelos jovens daria um algo a mais para a produção, e assim não precisariam exigir tanto da protagonista, mas de certa forma eles ao menos conseguiram dinamizar bem toda a trama para que não ficasse cansativa como um reboot, e assim sendo ficou algo interessante, porém tecnicamente esquisito em alguns atos, o que não fez o longa ficar ruim, muito pelo contrário, pois ao final os fãs mais enérgicos até aplaudiram, e assim sendo mostra que convenceram ao menos esse pessoal.
Quanto das atuações, diria que Angourie Rice caiu muito bem no estilo que precisava ter Cady Heron, pois foi brilhantemente bem feita em 2004 por Lindsay Loham em seu auge, e aqui a jovem demonstrou carisma, uma boa voz e teve personalidade para criar algo próprio, o que demonstra atitude cênica, e assim agradou até mais do que o esperado. Agora Renée Rapp trabalhou sua Regina George com uma intensidade bem colocada e chamativa, além claro de ser bem bonita e trazer a responsabilidade de que no original foi interpretada por Rachel McAdams, ou seja, se conseguir só um pouquinho do sucesso depois vai brilhar muito, e a jovem foi bem, só não sendo tão malvada quanto a original, ao menos nos trejeitos. Conhecemos Auli'i Cravalho como uma animação da Disney, e aqui com sua forma real, deu voz e corpo para Janis 'Imi'ike de uma forma bem imponente e interessante de ver na tela, e a química que teve junto de Jaquel Spivey com seu Damian Hubbard foi algo fora do comum, dando show em dupla com muita imposição e impacto final. Ainda tivemos atos divertidos com Avantika Vandanapu com sua Karen Shetty e Bebe Wood com sua Gretchen Wieners, mas sem dúvida o destaque entre os secundários ficou para Christopher Briney com seu Aaron Samuels bem galã na tela. Ainda tivemos claro as participacoes de Tina Fey com sua Ms. Norbury, Jenna Fisher com sua Ms. Heron, Busy Philipps com sua Mrs. George, Tim Meadows com seu Mr. Duvall repetindo seu papel do original, e claro quem mais era esperada, Lindsay Lohan com sua moderadora da competição de matemática, já que foi a protagonista Cady Heron no original.
Visualmente a trama ficou com cenas no colégio e no quarto de Regina George, tendo ainda algumas festas e desenvolturas cênicas, começando inclusive numa savana africana do Quênia, mas tudo bem cheio de alegorias coloridas e tudo mais que fosse bem chamativo, o que funciona para representar as aulas e conflitos nos corredores, sempre com muita dança e dinâmica, o que mostrou muita perspicácia da equipe de arte, afinal escolheram fazer muitos planos em sequência, e isso é um risco imenso, mesmo sendo proveniente de uma peça musical.
Enfim, é um filme gostoso de ver, divertido e bem colocado, que talvez pudesse até ir mais além, aliás as cenas dos ônibus foram bem marcantes nas duas utilizações, mas fica como dica para quem gosta de musicais mais teen, pois vai agradar bastante esse público. E é isso meus amigos deixo a recomendação e vou para mais uma sessão, então abraços e até logo mais.
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