Particularmente acho o estilo da diretora Sofia Coppola meio fechado demais, de forma que ela não entra tão a fundo em suas histórias, deixando que os protagonistas fiquem mais soltos nas cenas, e aqui usando o livro de Priscilla Presley, ela acabou escrevendo algo que é muito intimista, e assim sendo precisava de alguém que colocasse mais personalidade nos atos, já que pouco tempo atrás tivemos a cinebiografia de Elvis de uma forma bem intensa, ou seja, já vimos alguns atos com a personagem na tela, mas aqui sob o olhar da garota ficou tudo muito morno e até com um estilo tímido demais, o que não é comum de se ver em uma biografia na tela. Diria que não ficou algo ruim, pois o estilo é envolvente e conhecer a história por um outro lado sempre é interessante, mas faltou aquele algo a mais que chamasse o público para o lado dela, que passasse a odiar o músico e tudo mais, e isso não ocorre.
Quanto das atuações a primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi pesquisar as alturas de Elvis, Priscilla, Jacob e Cailee, e aí entrou um grande problema, pois sim Elvis e Priscila tinham sim uma diferença considerável de 1,82m para 1,63m, mas com Jacob e Cailee ficou algo muito desproporcional, pois ele tem 1,96m e ela 1,55m, então nas cenas que estão abraçados em pé fica algo muito estranho parecendo que o jovem realmente está levando uma criança ao seu lado, mas isso é apenas um detalhe técnico, visto que Cailee Spaeny conseguiu ser bem emocional com sua Priscilla, trabalhando bem como uma adolescente tímida nos primeiros atos, e depois sendo uma mulher bem ciumenta que inicialmente não parecia ser assim, e a jovem trabalhou emoções, trejeitos e tudo mais de uma forma sutil e bem encontrada na tela. Não sei se eu me afeiçoei tanto ao Elvis de Austin Butler que via aqui qualquer outro personagem menos o rei do rock sendo interpretado por Jacob Elordi, e o ator trouxe uma personalidade, alguns bons trejeitos e dinâmicas, mas não parecia chamar tanto para si na tela, o que acabou pesando um pouco nesse sentido. Outro fator bem engraçado é que no filme de 2022 víamos o Coronel Tom Parker em todas as cenas junto de Elvis, e aqui são apenas algumas ligações e raramente trombando com a protagonista, nem tendo um ator propriamente fazendo o personagem, o que é estranho, mas entre os secundários vale o destaque para Tim Post fazendo bem o pai de Elvis e Lynne Griffin a avó que foram presenças bem marcantes na vida do cantor.
Visualmente a trama traz atos bem colocados na passagem do cantor pela Alemanha, mostrando muito mais festas na sua casa do que realmente ele indo para um front, tendo inclusive sua avó junto fazendo sua comida, tendo bem poucas representações de soldados, tirando um ato que vai falar com o pai da garota, e falando em festas vemos sempre o astro com os amigos da banda, sempre indo com um ônibus para todo lado, as corridas de carrinhos em Graceland, vemos alguns fãs sempre na frente do portão gritando, muita representação de figurinos da época, e claro todas as imposições que a jovem precisou usar de roupas, vemos seus estudos em uma escola católica aonde não tinha quase contato com as demais jovens, e alguns atos icônicos no fechamento, mas nada que surpreendesse pela equipe de arte.
Enfim, é um filme que dava para terem feito algo muito mais significativo e forte, mas que tem seu simbolismo, traz uma ótica diferente para uma personalidade, e tem um emocional também bem colocado, que certamente muitos irão gostar mais do outros, mas sinceramente eu fui esperando muito mais dele, não sendo algo ruim, só não tendo todo o impacto que Elvis conseguiu ter, e assim sendo fica a dica para conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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