Diria que o diretor Tae-hwa Eom fez muito milagre com um orçamento até que bem baixo para o padrão entregue, pois sabemos que ele não destruiu uma Seul inteira nem tudo ao redor do prédio para filmar sua trama, mas ele soube usar bem o roteiro, fazer com que os protagonistas andassem por muitos escombros, e desenvolver tudo com ângulos bem abertos para realçar o cenário apocalíptico, ou seja, valorizou demais cada momento da trama na rua tanto quanto os atos mais fechados dentro dos apartamentos ou no quintal do condomínio, conseguindo mostrar tanto o lado animalesco dos seres humanos quanto os meios de sobrevivência num meio catastrófico, de tal forma que seu filme acaba sendo bem amplo em todos os sentidos, o que é algo raro em filmes de destruição, ou seja, não a toa conseguiu que o país mandasse ele como escolhido para as premiações e certamente muitos irão conferir por esse motivo, acabar gostando da ideia e ainda mais com a sequência já chegando na semana que vem por aqui, vai acabar movimentando os dois.
Não vou entrar muito em detalhes sobre as atuações, mesmo tendo grandes nomes do cinema coreano como Park Seo-Joon, Lee Byung-Hun e Park Bo-Young protagonizando, pelo simples fato que a Paris Filmes só trouxe para o interior cópias dubladas, e infelizmente colocaram piadinhas, gritinhos e trejeitos que não combinaram com o filme, ou seja, vemos atuações intensas no trailer que no filme ficaram meio que estranhas, então talvez depois quando eu ver o longa legendado eu volte para falar melhor desse contexto, mas falando quanto dos personagens diria que ficamos muito bravos com Young-Tak como um emissário/líder dos moradores completamente sem escrúpulos, irritados com o marido mudando completamente de personalidade, e com dó do garotinho e sua mãe sendo jogados para fora, mas a moça mostrou imponência e não desapontou.
Visualmente já falei, mas o filme é perfeito, mostrando escombros para todos os lados, tendo flashbacks das cenas do terremoto com tudo sendo levantado e coisas caindo em buracos, vemos muitos apartamentos destroçados com tudo sendo usado para fazer fogo, vemos a busca por alimentos nos demais prédios, supermercados e shoppings que estão no chão, vemos a redistribuição das comidas de acordo com as tarefas, e muita simbologia por parte de usos e regras, ou seja, um filme bem pesado pelo contexto gráfico que pode até ter muita computação nos atos de destruição, mas na cenografia parada me impressionou que não consegui ver falhas de fundos verde e tudo mais, sendo algo bem marcante e mostrando técnica.
Enfim, é um filme bem imponente e interessante, aonde o visual e a ideia funcionam muito bem, mas diria que dava para reduzir bem facilmente uns 20 minutos pelo menos dos 130 de exibição, pois em determinado momento tudo acaba sendo repetitivo, mas ainda assim tendo intensidade, então diria que vale bastante a conferida, claro que se possível legendado. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, e na semana que vem quando eu conferir a continuação na Netflix verei o que dá para conectar, então abraços e até logo mais com outras dicas de filmes.
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