Muitas vezes vemos alguns curtas-metragens que entregam situações tão boas em pouquíssimos minutos que ficamos na cabeça como seria ver isso como um longa bem funcional, e certamente isso foi o que ocorreu com o diretor Alberto Corredor, pois após seu curta ter sido aclamado, ele faz aqui a estreia como diretor de longas, e acabou se perdendo na essência da trama, no estilo de algumas cenas mais tensas, e até na forma dos personagens interagirem, isso sem falar na fotografia quase que totalmente escura, aonde você vê quase nada na tela, para tentar assustar o espectador. Ou seja, ele trabalhou seu longa com a famosa frase de ir ampliando tudo na tela sem realmente desenvolver o que precisava, e assim seu filme ficou interessante de ver, mas sem causar nada no espectador, o que é uma falha bem grande, pois acaba não chamando a trama para si como deveria.
Quanto das atuações, diria que a jovem Freya Allan fez uma Iris meio que acelerada demais na tela, sem grandes momentos que marcassem suas desenvolturas, e o principal sem trabalhar trejeitos de espanto frente à uma entidade desconhecida, de tal forma que ficou parecendo que ela estava olhando para algo tão conhecido e normal que estava tudo certo, ou seja, faltou personalidade para a protagonista, e também ser marcante na tela. A lógica nos atos finais fazem um pouco de sentido de insistirem tanto no personagem de Jeremy Irvine com seu Neil, pois o ator até tem uma boa entrega nos seus três momentos junto da bruxa, mas se o esquema era de conversarem com os mortos, teoricamente deveria ter outros personagens indo ali e não apenas o jovem rapaz, mas ele ao menos não desapontou com a ideia toda. Ruby Barker também foi meio que simples em cena com sua Katie, trabalhando alguns atos investigativos, mas sem ir muito além, e claro teve o mesmo problema que a protagonista em não demonstrar medo ou qualquer coisa pela bruxa, o que desaponta bastante em filmes desse estilo. Quanto aos demais, diria que Anne Müller trabalhou bem sua bruxa, não mostrando claro sua cara, afinal quando aparecia estava com a face dos escolhidos para incorporar, então vemos um Peter Mullan desesperado para que a filha não use os poderes da bruxa, uma Svenja Jung meio que atordoada com sua Sarah e uma Julika Jenkins bem colocada com personalidade forte para com sua Regina.
Visualmente a trama alemã trouxe algumas nuances bem marcantes com um casarão imenso que na verdade é um antigo bar, vemos alguns cômodos meio que abandonados, e um porão bem chamativo com estilo e desenvoltura cênica, aonde acaba funcionando bem toda a ideia, com uma bruxa estranha com sua cabeça coberta por um saco, vemos alguns atos fortes com fogo e símbolos, mas tudo muito escuro, de modo que acaba não sendo uma grande valorização cênica.
Enfim, é um filme que com alguns poucos ajustes acabaria sendo bem interessante de ser conferido, mas que da forma que acabou sendo entregue não causa nada no espectador, e isso é uma pena, pois acaba sendo uma trama apenas jogada na tela, e que não vale a recomendação. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...