Diria que a diretora Lina Roessler não quis inventar a roda em sua estreia com um longa metragem, pegando o roteiro simples e direto do estreante também Anthony Grieco e fez exatamente o que o nome diz, uma última turnê com um velho autor beberrão, mal-humorado e que deu vida para a editora do pai da garota no passado, colocando claro algumas interações, algumas viralizações e transportando um livro mais denso para o mundo globalizado atual, e embora não criasse muito para chamar atenção, ela fez com que a história tivesse um carisma interessante para cativar o público e se segurasse basicamente só nos protagonistas. Ou seja, não é um roteiro nem uma direção brilhante, mas consegue funcionar dentro do proposto, e assim agrada com uma pegada até que bem colocada. Claro dava para ir muito mais além, dava para filosofar sobre o pai da garota, sobre a esposa do escritor, sobre o caso com o namorado e tudo mais, mas aí sairia da essência de filme, caindo para o lado mais de séries e novelas, então fez bem como um bom primeiro trabalho, e quem sabe divague mais num segundo momento.
Quanto das atuações, a base toda é em cima do nível máximo de Michael Caine em seu estado rabugento, aonde seu Harris Shaw surta em bar, em livrarias, bebe horrores, briga com críticos, urina no seu próprio livro e tudo mais, sendo bem o estilão que gostamos quando ele dá uma boa personalidade para seu protagonista, e assim ele claro conquista os jovens com o jargão "bobagem" para tudo, o que funciona e mostra que ele ao menos se divertiu bastante com o papel. Aubrey Plaza tem um estilo mais fechado de trejeitos, e aqui sua Lucy caiu bem na formatação usual da atriz, tanto que não consigo imaginar outros nomes no papel, mesmo sendo algo simples, e ela conseguiu ter uma química até que interessante com Caine, brincando e aturando bastante as loucuras do velho, chamando atenção e fazendo bem o papel de alguém desesperada para conseguir um sucesso que fosse na sua editora, ou seja, foi bem no que fez. Ainda tivemos algumas outras participações, mas o destaque acaba recaindo para a assistente da protagonista vivida por Ellen Wong, principalmente nas cenas da invasão da casa do escritor, que foi engraçado de ver.
Visualmente a trama mostra praticamente a casa bagunçada do escritor, uma sala de uma editora sem grandes detalhes, vários quartos de motéis de estrada aonde vão ficando durante a turnê, e muitos bares que acabaram ficando bem mais casados para as exibições malucas já que o autor bebe mais que tudo, ainda tivemos a passagem por um asilo e um hospital, mas tudo sem grandes detalhes, tendo claro o maior chamariz para os livros realmente.
Enfim, volto a frisar que não é um longa que você vai ver e sair filosofando e se empolgando com toda a entrega, mas sim algo que vale como um passatempo simples e funcional para realmente passar um tempo na frente da tela curtindo uma boa desenvoltura em cima de algo, então fica a dica, e eu fico por aqui hoje. Então abraços e até logo mais com mais dicas.
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