Não conhecia o trabalho do diretor e roteirista Demián Rugna, mas posso dizer facilmente que não é daqueles diretores que gostam de seguir tendências tradicionais de filmagens, nem ficar brincando com cenas de susto fácil, pois ao preferir trazer o espectador para mais próximo dos personagens e ir desenvolvendo uma história que não tenha criações tão fora da realidade, acaba causando mais tensão e emoção para seu filme, de tal forma que aqui chega a causar horror em momentos que tudo parecia maravilhoso, mas que já dá para ir esperando, então quando acontece é de realmente se chocar e ver que o diretor realmente queria aqui. Citaria três cenas bem marcantes que já estão parte no trailer: a do machado, a que o brinquedo cai da mão do garotinho e a das crianças na escola com um martelo (meus amigos, essas três cenas, ou melhor o que ocorrem logo após elas aparecerem na tela é para se ter muitos pesadelos, e essa sem dúvida era a intenção do diretor).
Quanto das atuações, diria que Ezequiel Rodríguez botou tanta explosão em seu Pedro, que desde o seu primeiro ato não parece estar normal, sendo dinâmico, meio maluco, desesperado e com tanta intensidade que nos leva junto nessa loucura toda, mas não se mostrou inseguro com todas as coisas malucas, tendo apenas uma boa queda de emoções na cena do posto, aonde desaba, mas foi preciso tudo ali para convencer ainda mais o público de tudo o que estava acontecendo. Da mesma forma Demián Salomón colocou seu Javier/Jimmy com um tom mais pegado, meio incrédulo do que via, mas com medo no olhar para cima de todas as situações, sabendo bem aonde procurar tudo e conseguindo dar um vértice mais denso para toda a situação, o que acaba sendo bem interessante de ver e claro não sair correndo igual o maluco do irmão. Ainda tivemos atos bem colocados meio que até místicos de Silvina Sabater com sua Mirtha, mas sem dúvida quem realmente impressionou claro pelo visual em si foram Pablo e Gonzalo Galarza fazendo o monstrão Uriel, que usaram uma boa maquiagem bem chocante de se ver na tela.
Visualmente a trama é bem rústica, dando um ar bem interiorano para a trama, mostrando criações de animais, casas sem energia elétrica, carros antigos e tudo mais que ajudou a dar um clima para o filme, e sem precisar brincar com cenas escuras e/ou sustos gratuitos, a trama usa de elementos como escolas, giz, martelo, brinquedos, animais domésticos e de criação, armas de fogo e machados, tendo cada um a devida participação para funcionar na tela. Ou seja, a equipe de arte brincou junto da maquiagem para criar o personagem obeso monstro, usou e abusou de pedaços cortados, esquartejados e tudo mais, contando com muito sangue para marcar realmente toda a tensão na tela.
Enfim, é um filme feito para chocar e criar tensão que funciona demais dentro dessa proposta, sendo sem dúvida um dos grandes longas do estilo dos últimos anos, que talvez pudesse ter um final mais perfeito para jogar na tela logo uma nota máxima, mas que fez o que a caçadora de demônios havia dito que ocorreria, então foi honesto ao roteiro ao menos. Sendo assim recomendo a trama para todos, menos para aqueles que não conseguem dormir após ver um filme digamos meio traumático na tela, e é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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