A sinopse nos conta que Alice é uma jovem garota que acabou de perder os pais e é obrigada a morar com a sua tia idosa, Beth, em um palacete da sua família, chamado Wonderland. Porém, desde que Alice se mudou para lá, eventos cada vez mais estranhos e misteriosos aconteceram ao seu redor, enquanto a garota vai descobrindo que ela e sua tia não são as únicas que vivem por ali e o seu terror está apenas começando.
Diria que o diretor e roteirista Richard John Taylor trabalhou bem a dinâmica que desejava, colocando na tela todas as nuances que desejava, e acredito que daria até para ser mais sanguinolento com tudo, mas como não era bem essa a ideia ele conseguiu criar alguns vértices bem marcantes e trabalhou bem uma outra faceta da história, afinal o original também dá para imaginar ser algo de sonhos e/ou drogas, e aqui o envenenamento acaba criando loucuras e interações que são más, porém que tentam a salvar da verdadeira vilã. Ou seja, o texto do diretor se olharmos a fundo é bem simples, trabalhando praticamente sete pequenas esquetes, mas que num contexto maior falam entre si, e o mais engraçado de tudo é que ele é bem curto, com apenas 77 minutos, e se tirarmos a abertura e o fechamento sobram quase 10 minutos para cada, que entregam toda a ideia sem errar. Claro que dava para ter trabalhado mais a floresta, dava para impactar mais com algumas aberturas maiores das ideias, e interligar melhor tudo, mas não era essa opção e não atrapalhou o andar da história, e isso é o que importa ver na tela.
Quanto das atuações, diria que todos foram bem encaixados, mas sem grandes chamarizes, de modo que Lizzy Willis trabalhou sua Alice meio que perdida realmente, naquela ideologia de estar "feliz" de estar com um parente, mas em luto pela família, e ainda tendo pesadelos malucos, de modo que dava para ser mais expressiva, mas ao menos não decepcionou. Rula Lenska já puxou sua Beth para um ar mais maquiavélico, com uma pegada meio que duvidosa, e até dava para deixar ela ainda mais amedrontadora, mas não trabalharia tanto a ideia do filme de dupla personalidade. Steve Wraith trouxe um coelho bem estranho, que diria que poderiam ter mostrado mais ele por inteiro para ser algo ainda mais causador, além de que colocaram uma máscara meio estranha demais, mas ainda assim seu estilo de matança foi bem usado. Já Rikki Kimpton trabalhou sua morsa bem chamativa e até meio que maluco demais, usando bem seu triturador e causando bem na tela. Lila Sarner fez sua gêmeas Tallulah e Tara bem duplas de ideias e de conflitos, mas como não vemos praticamente seus semblantes em alguns momentos diria que faltou serem mais expressivas. Ainda tivemos Nikol Atanasova fazendo uma estripadora meio que conflitiva, Nigel Troup como um homem que não parava de fumar e falava coisas intrigantes, mas sem dúvida quem chamou mais atenção ao menos para a história foi J. P. Gates com seu chapeleiro maluco, que fez bons trejeitos e deu a intensidade para a protagonista se ligar de tudo.
Visualmente já coloquei no começo minha reclamação do longa ser escuro demais, e de forma desnecessária, pois tinham locações bem marcantes e interessantes como a mansão gigantesca em meio de uma reforma estranha, os vários apetrechos que as protagonistas utilizam ali, tivemos ambientes de terror bem feios nos pesadelos para dar as devidas conexões, e uma floresta que foi bem pouco usada, ou seja, a equipe de arte entregou muita coisa para o diretor, mas ele foi econômico.
Enfim, não é uma obra de arte daquelas que você vai ficar falando o resto da vida sobre ela, mas passa bem longe de algo problemático como parecia pelo trailer, de tal forma que alguns vão gostar mais e outros irão odiar, mas diria que vale a conferida e a partir de quinta todos já poderão ver nos cinemas do país (incluindo o interior que já vi na programação), então fica a dica para todos e claro o agradecimento ao pessoal da A2 Filmes pela cabine. Então abraços e até amanhã com mais dicas.
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