Não consigo acreditar que o diretor e roteirista Sebastián Borensztein queria entregar algo assim, pois em alguns atos parece fluir para alguns outros rumos que dariam bons frutos, mas ficou bem claro que na edição aceleraram as coisas para que o filme ficasse mais curto e sem muito envolvimento, de tal forma que parece que as relações ficaram frias demais, o protagonista sempre com caras meio que deprimidas demais, e assim o resultado acaba ficando mais cansativo do que expressivo realmente, fora que no final o principal motivo dele estar ali acabou nem acontecendo realmente, e assim diria que tem tanto falhas de roteiro, quanto de desenvolvimento, e ainda na conclusão, resultando algo que não chama atenção nem vai muito além.
Quanto das atuações, Joaquín Furriel até levou alguns prêmios pelo seu Sérgio, mas só consigo pensar que foi por melhor depressão demonstrada na tela, pois inicialmente estava bem doente com todas suas dívidas, depois quando muda de país fica sempre apático, morno, sem grandes entregas, e logo depois que vê a empregada então fica melancólico, ou seja, ele ajuda o público a desanimar com a trama, para quando parecia que faria algo maior, pronto, acaba de uma forma ainda mais lastimável, ou seja, não segura o longa para si. Da mesma forma, Gabriel Goity entrega seu Hugo Brenner com um ar inicial de um agiota imponente, depois fica sem palavras para com a mulher, e passados os anos aparentou também estar meio que depressivo, meio que sabendo de tudo, mas não passa isso na tela, o que acaba ficando estranho de ver, ou seja, falhou também. Ainda tivemos Griselda Siciliani bem colocada na tela com sua Estela e Lali Gonzalez com sua Ilu, mas nada que chamasse o filme para algo que fosse muito além.
Visualmente vemos uma família judia com uma grandiosa festa de bat mitzvá para a garota, mesmo estando completamente endividada, uma fábrica com funcionários em greve pela falta de pagamento, um escritório de agiotagem financeira, e depois uma grandiosa explosão que valeria ter usado mais tudo o que ocorre ali, pois ficou bem trabalhado na tela, mas não quiseram, e na sequência algumas cenas aparentemente no Paraguai, com uma loja de eletrônicos, mas que poderia acontecer em qualquer outro canto, ou seja, a equipe usou o básico para as cenas necessárias, e gastou muito para uma cena de nem dois minutos.
Enfim, é um filme que recomendo passar bem longe, a não ser que você curta tramas novelescas, pois leva nada a lugar algum, é fraco, cansativo e ainda por cima acelerado para um final bem clichê, o que não empolga para ao menos salvar tudo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
PS: Estou dando essa nota mais pela explosão que foi bem marcante, e por ser uma pessoa boa que acha algo bom em um filme desse estilo, mas valeria bem menos.
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