Diria que o diretor Claudio Fäh foi bem ousado em pegar o primeiro roteiro de Andy Maison de algo completamente bizarro, e não se perder na ideia da entrega toda, pois como disse precisamos abstrair tudo de realismo que conhecemos para não xingar cada ideia que é mostrada na tela, mas ao menos a ideia entregue funciona com a pegada desejada, tendo exatamente a classificação marcada no título de um suspense com ação, aonde vemos o desespero dos personagens, alguns com muita coragem, e tubarões ferozes atacando de forma coerente, não sendo aquelas coisas malucas que vemos em filmes com os animais, ou seja, o diretor não precisou apelar nesse sentido para colocar seu filme que já tinha loucuras demais, coisas abstratas também, e assim demonstrou um trabalho bem feito.
Quanto das atuações, nem na ficção somos livres de saber que filhos de políticos sempre se dão bem, então dado o spoiler já pode imaginar quem irá sobreviver! Dito isso, Sophie McIntosh entregou uma personalidade inicialmente medrosa e sem muitas opiniões para sua Ava, mas durante o filme acaba se desenvolvendo melhor e acaba agradando nos trejeitos que faz, não sendo algo merecedor de prêmios, mas também bem longe de soar falsa de ideais. Como já falei no começo do texto, o personagem de Will Attenborough, Kyle, é daqueles irritantes que torcemos para serem comidos logo no primeiro ataque dos tubarões, mas sobreviveu o bastante para ficar enchendo o saco de todos os demais personagens, e fez bem o seu papel de mala. Colm Meaney trouxe uma segurança inicial bem colocada com seu Brandon, mas é também o personagem chave nesse estilo de filme, que o diretor soube usar corretamente para dar força para a protagonista, e assim sendo, entregou o segurança tradicional, imponente e bem colocado. A garotinha Grace Nettle trouxe um ar bem doce e claro triste para sua Rosa nos atos dentro d'água, mas soube ser segura e não ficar daquelas que incomodam com choramingos, e assim sendo tenho até medo da voz que colocaram no dublado. Ainda tenho de dizer que Phyllis Logan foi bem intensa sua Mardy ou vovó como era chamada pela garotinha, Jeremias Amoore foi bem direto nos atos de dor de seu Jesus, mas sem dúvida quem acabou aparecendo mais foi Manuel Pacific com seu Danilo, sofrendo claro o bullying do mala, mas ajudando e trabalhando bem como um bom comissário de voo deve ser.
Visualmente, tirando o fato de que demorou demais para acabar a iluminação do avião submerso, tivemos atos bem fortes de uma queda, com vários prensagens, tivemos muitos elementos bem arranjados para a sobrevivência dos personagens embaixo da água, e claro usos bem colocados de tanques de mergulho, roupas térmicas e tudo mais de pessoas que estavam indo para um lugar que tinha isso, então não abusaram da nossa inteligência tendo isso no avião. Ou seja, os efeitos ficaram interessantes, com o avião se partindo aos poucos para dar mais intensidade, e claro tubarões bem convincentes e ferozes para dar bons sustos no público.
Enfim, tem muita papagaiada cênica, como já disse da volta de uma profundidade alta sem respirador, teve alguns atos de muita coragem e confiança, porém isso é o mínimo que esperamos ver em filmes desse estilo, ao menos não tivemos ninguém saindo no pontapé com um tubarão gigante como já vimos em outros filmes no mar. Sendo assim diria que recomendo com toda certeza o longa para quem não liga para algumas incoerências da realidade, e queira se divertir com algo simples, porém efetivo na proposta. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas ainda vou conferir mais um longa hoje, então abraços e até logo mais.
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