Godzilla e Kong: O Novo Império em Imax 3D (Godzilla x Kong: The New Empire)

3/29/2024 02:10:00 AM |

Tem filmes que você vai ver sabendo que não pode esperar praticamente nada deles, pois é algo tão abstrato que não dá para levar a sério, mas que também é algo bem cultural e que por vezes tem seus fãs fiéis e que chamam atenção para cada coisa. E se tem um que eu vejo sem ser um grande apaixonado é o tal de bichões gigantes, ou como muitos falam o famoso Monsterverse que tem toda sua mitologia, livros, HQs, séries e tudo mais que quem ama sabe falar cada detalhe de cada personagem, seus poderes, domínios e tantas outras coisas, mas como não sei absolutamente nada disso, apenas vou conferir para curtir uma boa trama de pancadaria, efeitos gigantescos e loucuras mil na tela, de tal forma que por ir sem esperar muita coisa, geralmente acabo me surpreendendo e divertindo por demais com o resultado final, e hoje foi mais um dia desses, pois "Godzilla e Kong: O Novo Império" sendo o quinto filme da franquia, que teve apenas o terceiro como algo mediano e bagunçado, aqui resolveram atender todas as reclamações de coisas que faltavam ser colocadas na trama dos bichões, que eram outros titãs e muito mais lutas do que humanos na tela, e assim sendo cumpriram bem, mas também abusaram bastante da nossa inteligência colocando armaduras e muitas sacadas de vários outros filmes conhecidos fora da franquia como "Guardiões da Galáxia" (pela nave que vão para a Terra Oca, temos "Transformers" pelo bração que Kong ganha, temos "Planeta dos Macacos" com os primatas dominando o fogo, e até o próximo lançamento dos "Caça-Fantasmas: Apocalipse de Gelo" com um dos bichões que vai transformando tudo numa era Glacial, ou seja, não precisaria de tanto, mas que não chega a incomodar.

A sinopse nos conta que este é um novo capítulo no chamado MonsterVerse, onde depois de terem se encontrado como inimigos em "Godzilla vs Kong", o poderoso Kong e o temível Godzilla se unem contra uma colossal ameaça mortal escondida no mundo dos humanos, que além de ameaçar sua própria existência também ameaça nossa espécie. Mergulhando profundamente nos mistérios da Ilha da Caveira e nas origens da Terra Oca, o filme irá explorar a antiga batalha de Titãs que ajudou a forjar esses seres extraordinários e os ligou à humanidade para sempre.

O diretor Adam Wingard já tinha mostrado em "Godzilla vs Kong" que gosta de usar referências de muitos outros filmes incorporadas na sua trama, e o sucesso que fez em 2021 junto com tudo que já tinha aparecido pouco nos demais longas conseguiu que os produtores criassem uma série sem conexões com os filmes, mas que trabalhasse bem toda a mitologia dos bichões e da empresa Monarch responsável por estudar tudo desse mundo completamente maluco. E claro que para não ficar para trás, o diretor aqui quis ir muito além do que já tinha conseguido, e inseriu diversos personagens novos, colocou uma tribo ancestral, brincou com naves, dinossauros, primatas de todos os tamanhos, e assim fez a festa na tela, mostrando que não devemos levar tão a sério tudo, mas que dá para se divertir e conhecer bem mais desse mundo novo que ainda dá para ser muito explorado. Ou seja, é daqueles filmes que muitos vão ver em casa e odiar, mas quem for no cinema com uma tela gigante, um som imponente, e pasmem um 3D sensacional que chega a dar vertigem, vai acabar curtindo bastante mesmo que não conheça nada sobre o Universo dos Monstros Gigantes.

Quanto das atuações, diria que Godzilla, Kong, Mothra, Skar King, Shimo, e até o mini-kong, Suko conseguiram entregar ótimas performances de luta, foram bem desenhados, entregam poderes intensos e marcantes e fizeram a tela do cinema tremer, trabalharam olhares fortes e tudo mais para impressionar quem queria ver todos na telona, entre outros bichões que aparecem só um pouco, mas que foram bem escolhidos para atuar bem na tela. Já quanto dos humanos, a principal entrega ocorre por parte de Kaylee Hottle repetindo sua Jia do último filme, mas que aqui teve muita importância já que vê mais pessoas de sua tribo e tem toda uma representatividade para liberar um dos principais monstros, e a garotinha soube dominar bem seus atos com bons olhares. Brian Tyree Henry também volta com seu Bernie e é o ponto cômico que sabe fazer com que o filme tenha algumas quebras de ritmo, mas que não atrapalha. Outra que voltou para sua Ilene é Rebecca Hall, que aparentemente se divertiu bastante com a entrega de sua personagem, mas ficou mais em segundo plano dessa vez. E quem acabou se destacando mais pelas loucuras como veterinário do gorilão foi Dan Stevens, que tratou o dente e o braço machucado do bichão com cenas bem malucas, mas que acabam sendo divertidas de ver.

Visualmente a trama entrega algo muito maluco no centro da Terra, mas que tem de tudo um pouco, contando com uma civilização inteira tanto humana quanto de primatas, magma escorrendo, aves e bichos que parecem grandes dinossauros, e claro contou com muitas destruições nas cidades por onde passaram, com destaque para Roma com tudo voando abaixo, Egito com as pirâmides servindo de apoio para os bichões, e claro nosso Rio de Janeiro quase virando o princípio duma nova Era Glacial, com os prédios ao redor da praia indo abaixo na luta final e sobrando só um pedacinho dos arcos da Lapa, ou seja, quebradeira total que conseguiram representar até que bem na tela. Quanto do 3D, garanto que ficou sensacional, e recomendo quem tem vertigem ou tontura nem ir conferir, pois é tantas viradas, coisas saindo e entrando em profundidade que acaba fazendo valer o ingresso mais caro.

Enfim, é um filme que funcionou até mais do que eu esperava, que claro você tem de ir conferir sem esperar nada, e nos cinemas, pois volto a frisar que em casa você vai achar tudo muito chato, valendo a experiência de destruição na maior tela possível, então desligue o senso de realidade e boa sessão. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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