Um ponto que eu sempre fico feliz de ver em continuações é a de manterem os diretores e roteiristas dos primeiros filmes, afinal já sabem aonde conduzir cada personagem e tudo mais, e aqui Jeff Chan voltou bem preparado, conseguiu trabalhar um pouco mais do ambiente em si, e não apenas os personagens principais, mas isso em apenas 20 minutos do longa, pois depois praticamente tudo se fechou novamente, e ficamos em algo sem grandes rumos e sem chamar atenção para os poderes, para as drogas e claro para as tecnologias, de modo que os cachorros são apenas para ficar correndo sem ir muito além disso, ou seja, ao mesmo tempo que fiquei feliz de terem mantido o diretor original, acredito que talvez uma mão nova iria repensar em tudo e dar nuances novas para o longa, que foi o que acabou faltando para que o filme decolasse realmente, pois nem a garotinha que foi introduzida acabou sendo explicado direito o que ela é, e aí a vontade foi pro ralo de vez.
Quanto das atuações, Robbie Amell trabalhou seu Connor com um ar meio desanimado, sem muita explosão, mas conseguiu segurar bem a trama. Já Stephen Amell deu para seu Garrett um estilão mais seco, e soube ser marcante em seus atos, mas nada que fizesse dele algo a mais do que o comum traficante que parece ajudar e depois muda tudo. Sirena Gulamgaus chamou bastante atenção nas cenas de sua Pavani, mas como disse acabou nem sendo apresentada direito no longa, precisando entregar trejeitos fortes, e conseguindo ao menos ter algum bom destaque. O mais engraçado é que se no primeiro filme o personagem de Alex Mallari Jr. ficou bem em segundo plano, aqui seu Kingston já bota a banca e encara tudo com trejeitos bem encaixados, fazendo com que fizesse um vilão meio tradicional em pele de cordeiro, mas que não engana ninguém.
Visualmente o longa ficou ainda mais simples que o primeiro filme, tendo como locação apenas um agrupamento de apartamentos, mas mostrando praticamente só a entrada e um apartamento sem grandes detalhes, uma feira para apresentação dos cachorros, e a mansão do policial com um pouco mais de requinte, além de vermos um pouco do centro comunitário e uma casa isolada, mas também sem elementos visuais chamativos, ou seja, o que valeu na trama foram os cachorros tecnológicos bem marcantes e nada mais que empolgasse, de tal forma que até mesmo os poderes acabaram sendo bem econômicos na tela.
Enfim, é um filme que poderia ter ido além, ter trabalhado melhor os personagens, as ações e principalmente os poderes deles, mas que ficou tudo em segundo ou terceiro plano, meio que parecendo até que fizeram sem vontade, apenas para cumprir contrato, e o resultado não empolga de forma alguma, então nem tenho como recomendar ele para ninguém. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com quem sabe bons filmes, vamos rezar essa noite para isso. Então abraços e até breve.
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