Diria que o diretor Matthew Heineman foi bem utilizado para conseguir pegar todas as imagens de um projeto maior que era acompanhar o músico na composição de sua sinfonia original cheia de nuances, e acabou tendo todo esse conflito no meio da doença da esposa, dos prêmios e tudo mais, de tal forma que vemos uma narrativa até que interessante de acompanhamento, mas que soa comum como em álbuns originais de banda que depois acabam virando material para fãs, mas que aqui com toda a intensidade da doença da esposa voltando e sendo algo difícil de se juntar em uma trama só. Ou seja, o diretor acabou provavelmente trabalhando mais na montagem do que na captação, e foi bem sincero, sem precisar apelar para algo emocional e assim acabou agradando tanto os fãs do cantor, quanto conseguiu mostrar para os que não conheciam ele, toda sua vitalidade expressiva e alegre mesmo nos momentos mais duros, e dessa forma o resultado acaba chamando mais atenção do que o comum, que seria apenas uma obra de preparação de show.
Particularmente não conhecia Jon Batiste, afinal ouço músicas mais no rádio apenas enquanto estou no trajeto do serviço, e não é um estilo que explodiu tanto para cair no gosto musical das rádios do interior, mas o jovem mostrou ser alguém prodigioso que cursou uma das maiores faculdades de música, indo na contramão com um estilo de instrumentos e gostos, e claro com um dom especial que acabou chegando ao sucesso com um álbum muito bem colocado, mas principalmente o que o filme mostrou é que ele não é o malucão que aparece nos palcos, mas ainda assim é uma pessoa bem alegre e cheia de vida, e um grande parceiro da esposa. E quanto da esposa Suleika Jaouad vemos todo seu esforço em ter momentos marcantes com o marido, mesmo na correria dos meses atarefadíssimos dele com seu sucesso, e também sua batalha contra o câncer, sua terapia de pintura e tudo mais, mostrando um emocional forte dela, mas que desaba também com algumas notícias.
Quanto do concerto e da música em si que está concorrendo ao Oscar, "It Never Went Away", foi algo bem bonito de se ouvir e ver claro por todo o desenvolvimento, e faz valer para mostrar como é o estilo de composição do jovem.
Enfim, diria que não é nada muito surpreendente o longa, tanto que concorre como Canção Original, e não como Documentário, mas que vale para ver todo o processo criativo acontecendo, mesmo com a cabeça a mil por premiações, doença e tudo mais do dia a dia, então fica a dica para conferirem. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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