Não conhecia o diretor e roteirista norueguês Kristoffer Borgli, mas posso dizer que já tenho um pouco de raiva dele por não ter dado um fechamento mais impactante com sua opinião para o longa, inclusive falei disso esses dias, que o que mais odeio em um filme é que o diretor não coloque sua opinião claramente na tela de seu filme, mas diria que o roteiro em si sendo classificado como uma comédia, e vendo o trailer agora para escrever meu texto, acredito que a essência em si da fama ser algo malévolo para um homem comum acaba funcionando como algo pertinente e até interessante de se pensar, mas que como falo talvez um fechamento impactante acabaria sendo muito melhor do que algo aberto, pois nosso queixo talvez caísse e a explosão da trama iria para outros rumos. Ou seja, é daqueles filmes que você fica na dúvida se amou ou não, mas que bagunça sua mente ao ponto de querer ficar pensando em várias possibilidades, seja da ideia em si, ou de como você finalizaria ele de uma forma bem melhor.
Quanto das atuações, como já destaquei no começo, Nicolas Cage se entrega por completo em um papel bem diferente do que costuma fazer com seu Paul, de forma que joga ares de uma pessoa não tão velha, mas também não tão nova, desanimado com sua vida, e principalmente desapontado por não ter fama com as coisas que faz, e toda essa fama que vai ganhando com as pessoas sonhando com ele, o faz mudar bastante, de modo que vemos o ator também criando vértices e facetas bem expressivas, com uma certa felicidade, mas também com desespero quando tudo vira um pesadelo, ou seja, ele se joga bem e consegue segurar a trama quase que inteira em suas mãos, sobrando bem pouco para os demais. Julianne Nicholson trabalhou sua Janet como uma esposa que tem três lados apenas, o primeiro de um apoio quando está ganhando algo com a fama do marido, ciumenta com todos sonhando com ele, e quando começa a não ver vantagens praticamente o abandona, e a atriz soube mudar também bem seus trejeitos para marcar as devidas fases, o que foi bem interessante de ver. Quanto aos demais, cada um teve até que um tempo de tela razoável, mas nada que chamasse a nossa atenção, valendo claro um destaque para Dylan Gelula com sua Molly e seu sonho digamos mais apimentado, e também para Noah Centíneo com seu Dylan tentando usara o protagonista para vender coisas para as pessoas em sua agência.
Visualmente eu diria que a equipe de arte trabalhou aos montes, pois numa primeira olhada temos a casa dos protagonistas, a agência e a faculdade como um pano principal, mas se colocarmos os vários sonhos que o protagonista aparece com animais, com coisas caindo e voando, fogueiras, torturando, comendo cogumelos, e muito mais que é melhor nem tentar lembrar de tudo, aí sim vemos que precisaram de muitos cenários e abstrações para criar tudo, já quanto a pulseira do final, achei meio brega a tendência futurista, sendo algo que foi mais para tentar ser cômico do que auxiliar para algo a mais.
Enfim, é um filme que sinceramente precisei de um tempo bem maior do que o normal para escrever meu texto, pois fui pensando em tudo, analisando a ideia toda e montando tudo que entendi sobre ele, de tal forma que indico para quem gosta de filmes mais abertos, aonde será necessário refletir bastante sobre tudo, e que talvez não curta toda a ideia num primeiro momento, mas que por ser um filme tão bom do Nicolas Cage que tanto amamos ver, o resultado acaba compensando a conferida, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agradecendo novamente o pessoal da Sinny e da California Filmes pela cabine, e recomendo a conferida a partir do dia 21/03 em pré-estreias por várias cidades do país, e no dia 28/03 em muito mais salas, então abraços e até logo mais.
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