A sinopse nos conta que a CIA está sendo chantageada: alguém assassinando jornalistas estrangeiros e fazendo com que a Agência pareça responsável. Quando o mundo começa a unir forças contra os EUA, a CIA decide trazer de volta seu agente aposentado mais brilhante e rebelde, forçando-o a treinar seu passado para tentar desmascarar uma conspiração internacional.
Sabemos que o estilo do diretor Renny Harlin é de filmes mais acelerados e que geralmente se perdem no miolo, mas confesso que esperava que com um estilo mais sério do que os outros que já trabalhou ele colocasse algo mais centrado para que o final revelasse algo surpreendente, o que acabou não acontecendo, e isso é notável na tela, pois acredito que o roteiro feito em cima do livro de Noah Boyd tinha mais pegadas, mais interação e até mais propostas para que o filme tivesse uma desenvoltura chamativa, o que acabou não aparecendo tanto na tela. Ou seja, é daqueles filmes que você apenas curte as explosões, curte a pancadaria, os tiros, e até fica em dúvida se talvez alguém ali seria um agente duplo pelas sínteses da trama, mas no final o básico era o que tinha de acontecer e nada foi para a linha de frente.
Quanto das atuações, confesso que achei por dois segundos que o diretor era o protagonista (depois pesquisem as fotos e vejam o quanto ele parece o Aaron), mas sem dúvida a personalidade canastrona com ares clássicos de Aaron Eckhart combinaram bem com a proposta de seu Steve Vail, de tal forma que se derem uma polida nele, até caberia bem no jeitão de um novo 007, ou seja, para o gênero ele se mostrou bem disposto e não ficou atrás das linhas, se jogando por completo, porém faltou base no roteiro para ir mais além. Nina Dobrev até fez uma parceira com estilo com sua Kate Bannon, mas foi mais um rostinho bonito para os atos com o protagonista, do que uma espiã realmente como deveria ser. Já Clifton Collins Jr. tem todo o jeitão clássico para um vilão de filme de espionagem, mas não deixaram ele atuar tanto ficando mais em segundo plano, que acaba não sendo tão chamativo para marcar presença na tela, o que é uma pena. Ainda tivemos alguns bons atos de Tim Blake Nelson bem tradicional como o diretor da CIA O'Malley, Ifenesh Hadera como Tye Delson, uma ex-namorada do protagonista que também trabalha para a agência, mas quem acabou se destacando um pouco mais dentre os secundários foi Oliver Trevena com seu Patricio bem preparado de armamentos, e claro com um bom cuidado para com seu cãozinho.
Visualmente a trama entregou o tradicional de longas do estilo, se passando a maior parte do tempo numa Grécia cheia de protestos, mas que facilmente poderia ser representado em qualquer país, já que a maioria das cenas ocorrem em locais fechados na totalidade ou quase com ângulos mais próximos dos protagonistas, tendo muitas explosões, armas de todos os estilos, perseguições, socos e destruições de casas com lutas, e inclusive um baile rolando com os personagens se pegando na porrada e os figurantes continuando dançando como se nada tivesse acontecendo, ou seja, a equipe de arte acabou entregando algo básico sem ir muito além.
Enfim, o estilo do longa é o tradicional que o pessoal gosta de ver em um domingo a tarde, tendo boas cenas de ação, e uma desenvoltura sem grandes surpresas, então para quem não tiver o que conferir até serve como um passatempo, mas não espere muito dele, pois não vai acontecer. E assim sendo fica minha indicação de ver apenas pelo básico, mas acredito que tem coisas melhores para dar play. E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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