O que mais me incomodou na direção do estreante Stephen Gray foi ele começar o longa com um ar mais experimental, mais cheio de nuances técnicas e que talvez entrasse num rumo mais próprio do estudo realmente da medicina em cima da questão do quase morte, e como num passe de mágica sorrateiramente ele consegue ir vertendo tudo para o lado mais religioso da coisa, o que não é ruim, e principalmente ser o público-alvo do longa, mas poderia ter quebrado melhor a trama de uma forma que não ficasse tão aberto assim. Claro, em momento algum vou falar que como filme o resultado seja ruim, muito pelo contrário, afinal sem usar cortes secos, ou precisar fazer apelos visuais, o formato das reproduções e dos símbolos que coloca para exemplificar e/ou representar o que aconteceu com os depoentes ficou com um primor técnico incrível e muito bonito de se ver, porém por ser uma pessoa que não acredita tanto nessa ideia de termos um algo a mais depois da nossa vida terrena, eu esperava ver algo mais comprovado com técnicas e coisas do tipo, o que acaba não acontecendo. Ou seja, é um filme que os fiéis religiosos vão sair da sessão aos prantos, emocionados com as palavras de alguns depoentes, e prontos para virar melhores pessoas para termos um mundo melhor, mas que outros vão apenas ver e achar ok.
Não vou ficar falando sobre cada um dos entrevistados, pois é algo que foge um pouco da ideia, e claro também por estragar o clima de quem for conferir, mas cada um foi bem imponente em suas falas, tendo destaques para Don Piper, que o livro inspirou o filme "90 Minutos No Paraíso", Raymond Moody que escreveu o livro "Vida Após a Vida", e o cardiologista Michael Sabom que pesquisou por vários anos as experiências de quase morte com seus pacientes, ou seja, são nomes de renome que conseguiram passar bem em seus depoimentos toda a ideia que o diretor e roteirista queria tirar para sua trama.
Enfim, é um documentário interessante de ser conferido, que tem um visual bonito aonde criaram bem todas as situações representadas e acaba agradando bastante, valendo a recomendação para conferirem nos cinemas quando entrar em cartaz, principalmente se você for religioso, já que a trama pega mais nesse eixo, mas quem for esperando algo um pouco mais científico talvez se decepcione um pouco com toda a entrega. Por ser produzido/distribuído pela mesma equipe do filme "O Som Da Liberdade", nos EUA estão com a proposta de algumas pessoas pagarem ingressos antecipadamente para outras pessoas que não podem arcar com os custos de um ingresso, então pode ser que por aqui também aconteça igual, então fiquem ligados para indicações. E é isso pessoal, fico por aqui agora agradecendo o pessoal da Synapse pela cabine de imprensa, e volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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