segunda-feira, 22 de abril de 2024

Guadalupe, Mãe da Humanidade (Guadalupe: Madre de la Humanidad) (Guadalupe: Mother of Humanity)

Acho que já posso até falar longas religiosos como sendo uma classificação de filmes, pois ultimamente tem lançado tantas obras desse estilo (felizmente, tendo claro público para conferir e dar bilheteria) que os subgêneros drama, documentário, ação têm sido apenas conexões e formas de desenvolvimento para as tramas, e isso é bacana de ver, pois há muito tempo lembro de ter falado na faculdade sobre estilos que eram pouco aproveitados para gerar bilheteria, e um que citamos foi o religioso, afinal mundo afora a maioria das pessoas possuem fés variadas, e claro religiões variadas, então primeiro a comunidade evangélica estourou suas obras, depois vieram os espíritas e agora os longas cristãos estão em alta, chegando no país através da Kolbe Arte que tem feito um belo trabalho de divulgação e conseguindo boas produções na telona. E o lançamento de maio, mês das mães não poderia ser diferente, já que chegam com "Guadalupe, Mãe da Humanidade", um documentário simples, porém bonito de se ver, mostrando a fé de vários devotos que tiveram seus pedidos realizados pela santa ao redor do mundo, algumas festividades na basílica e também uma dramatização cenográfica de como teria sido a aparição dela para um indígena mexicano que acabou tendo sua imagem impregnada em sua tilda. Ou seja, uma obra completa do estilo, que vai agradar quem tem fé na santa e também religiosos do país para ver uma trama de seu gosto pessoal.

A sinopse nos conta que nunca nenhuma mãe se mostrou tão terna e tão poderosa ao mesmo tempo como aquela que apareceu há 500 anos ao índio Juan Diego. Hoje, mais do que nunca, Nossa Senhora de Guadalupe mostra a sua ternura e o seu poder em tantos lugares do mundo. Por que e como aconteceu o aparentemente impossível? Que mistérios guarda a Tilma? Serão verdadeiras tantas histórias de milagres? Este filme leva-nos às aparições como se estivéssemos lá. Testemunhos impactantes e inéditos fazem dele um canto luminoso e ágil, que busca a verdade e descobre o amor irresistível daquela que é a Mãe de Deus e da Humanidade, derretendo corações em lágrimas e transformando o mundo a partir de dentro.

Diria que o diretor e roteirista Andrés Garrigó foi bem preciso na pesquisa para conseguir bons depoimentos, boas exemplificações dos períodos festivos na cidade e no mundo todo aonde a santa tem devotos, e até uma encenação bonita e bem trabalhada da aparição, de tal forma que ele fez o famoso elo completo de uma trama do estilo, e principalmente na montagem para que o filme não ficasse cansativo. Claro que é uma obra feita para um público bem específico, e não será com ela que alguém irá virar devoto da santa, mas é bem representada na tela e tem um bom envolvimento durante toda a exibição, o que certamente irá fazer com que muitos se emocionem e se conectem com toda a entrega, e assim é que deve ser algo do estilo.

Enfim, não tenho muito do que falar em documentários, afinal os depoimentos falam pelo filme bem mais do que a minha pessoa, e posso dizer que conseguiram ser comoventes, bem trabalhados e com emoções bem mostradas, aonde o contexto inteiro traz bem as curas e reações dos entrevistados, e a parte cenográfica ficou simples, porém bem feita de se ver, de forma que talvez se tivessem focado um pouco mais nessa amplitude histórica da catequização dos indígenas mexicanos, talvez o filme ficasse mais amplo, mas aí sairia do eixo religioso. Então recomendo o longa para todos os cristãos devotos da santa conferirem as pré-estreias já a partir do dia 29/04, e a estreia a partir do dia 02/05 em todos os cinemas do país, e eu fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Kolbe Arte que enviou a cabine de imprensa, volto amanhã com mais dicas de filmes, então abraços e até breve.


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