Netflix - Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes (Rebel Moon - Part Two: The Scargiver)

4/21/2024 02:44:00 AM |

Desde que foi lançado no final do ano passado "Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo" na Netflix, eu já tinha dito que seria o "Star Wars" da Netflix com uma tonelada e meia de filmes, alguns com continuações desnecessárias, outros bem imponentes trabalhando temas modernos encapsulados dentro de ideias fictícias, e isso não é algo ruim, só é algo que muitos não gostam de ficar esperando continuações. Ou seja, é daqueles longas que entregam drama, ação, aventura e tudo misturado, que acabam empolgando pela entrega completa, mas que ainda teremos muita coisa para rolar e fechar o ciclo, sendo claro que "Rebel Moon - Parte 3: A Marcadora de Cicatrizes" trabalha bem mais o estilo do diretor, com cenas de lutas em câmera lenta, ainda mais explosões de coisas para todos os lados, e personagens que acabamos criando vínculos que funcionariam sozinhos, mas que em grupo acabam sendo mais legais. Sendo assim, o que posso dizer é que assim como seu antecessor é um tremendo filmão, e que juntando as duas partes temos uma primeira etapa vencida, agora é ver como ele desenvolverá as outras 4 ou 6 produções que pretende seguir em cima da franquia, mas ao menos não me decepcionei com o que vi hoje.

A trama é uma ficção científica épica que se inicia em uma colônia pacífica situada nos confins do universo. Porém, quando o tirano Regente Balisarius passa a ser uma ameaça, a jovem Kora, ao lado dos guerreiros sobreviventes, se dispõe a sacrificar o que for preciso para se defender. Com o Reino comprometido em aniquilar os rebeldes a qualquer custo, laços são formados, heróis emergem e lendas nascem. Às vésperas da batalha, cada um deles precisa encarar as verdades sobre o próprio passado e os motivos que os levaram a lutar. Apesar de pessoas bem diferentes entre si, todos os soldados possuem algo em comum: o desejo de vingança.

Diria que não sou um fã completo da filmografia de Zack Snyder, mas sei reconhecer que dentre os malucos que gostam de fazer épicos de ação, ele sabe o que faz, pois não entrega algo com poucos recursos de forma alguma, tendo tudo em suas mãos para que uma produção simples fique gigantesca, com efeitos para todos os lados, muitas explosões, e personagens que vão impor na tela suas histórias, e aqui é justamente isso o que acaba acontecendo um pouco em excesso, já que ele quis trabalhar as histórias de todos os seis guerreiros que sobreviveram ao primeiro filme, e com isso ele acabou gastando muito tempo de tela para algo que o público nem queria tanto ver, de tal forma que poderia ou ter reduzido o filme ou colocado mais cenas das lutas finais, que aí sim você irá ficar empolgado, pois é uma guerra de primeiríssima linha, no melhor estilo que ele sabe fazer, enchendo os olhos com imagens em câmeras lentas e muita disposição de todos os personagens, sejam eles principais ou meros figurantes cênicos. Ou seja, ele sabe assinar seu nome em suas produções, e quem for conferir esperando qualquer outra coisa irá se decepcionar, mas ainda acredito que dava para juntar os dois filmes e fazer algo de uns 180 minutos bem colocados ao invés de 255 como acabou ficando.

Quanto das atuações, continuo achando que a personalidade de Kora combinou bem com Sofia Boutella, porém aqui a trama focou bem mais nos demais do que nela, deixando a protagonista meio que apenas se preparando para o destaque nos atos finais, o que acaba sendo algo meio sem muita coerência, mas quando botou pra jogo não decepcionou e acabou fazendo tudo o que precisava com muita imposição. Então quem acabou tendo um protagonismo maior aqui, foi Djimon Hounson com seu Titus, praticamente preparando toda a batalha, criando os atos e desenvolvimentos da vila, e até conseguindo ter atos com uma boa dose de emoção, o que acabou chamando ainda mais o foco para si. Ed Skrein continuou fazendo seus trejeitos malucos para com seu Noble, e sendo imponente em todos os atos que aparece, marcando bem o território como um bom vilão deve ser. Ainda tivemos alguns atos emocionais bem colocados em Michiel Huisman com seu Gunnar apaixonado e Bae Doona ainda mais entregue com sua Nemesis, porém novamente deixaram Anthony Hopkins bem em segundo plano com seu Jimmy, o que é uma pena, pois o personagem tem tudo para ser muito mais do que apenas um narrador, então veremos o que vai rolar mais para frente.

Se no primeiro filme a equipe de arte gastou muito com algo quase como um "road-movie" interplanetário, com vários tipos de cultivos, culturas e tudo mais, aqui o foco ficou mesmo só na vila, mostrando algumas comemorações, muito da colheita dos grãos, e claro algumas boas batalhas em chão com grandes tanques de tiros, muitos soldados, e toda uma preparação de guerra imponente e marcante, e além disso tivemos alguns atos no encouraçado gigantesco, aonde vimos um pouco mais de seu funcionamento e algumas boas lutas dentro de seus corredores, mostrando que a equipe de arte computacional mandou muito bem em tudo, afinal é fácil saber que pouquíssima coisa foi criada nos ambientes entregues.

Enfim, não é a obra mais perfeita do diretor que já vi, e como falei no começo dava para cortar alguns atos de ambas as partes para que o filme ficasse mais conciso e direto e/ou trabalhar mais outras situações e personagens, mas como o próprio diretor falou que ainda fará muito nesse universo cinematográfico, então veremos o que virá nos próximos capítulos, mas uma coisa já sabemos, como toda produção grandiosa, irá demorar para aparecer. E é isso pessoal, fica aqui minha recomendação para quem gosta de uma boa ação de aventura épica, mas que não ligue para exageros cênicos, e eu fico por aqui hoje, voltando amanhã com mais boas dicas, então abraços e até lá.


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