Diria que o estilo de direção e roteiro de Ned Benson é meio que fácil de entender, pois ele coloca sua base em algo tradicional de filmes de viagem temporal, mas aqui brincando com as canções que a protagonista ouviu pela primeira vez em algum momento com o namorado acabam lhe levando para aquele determinado momento, e isso é gostoso de ver e ouvir, pois como bem sabemos casais acabam fazendo histórias com determinadas músicas e reviver os momentos é algo que nossa mente sempre permeia quando escutamos algo, então ele acabou brincando com essa ideia, e claro com o mote temporal de que se mudar algo ali, tudo pode soar diferente dali pra frente, ou seja, quem pegar a ideia de que a protagonista não consegue quebrar a batida irá facilmente descobrir o desfecho do longa, pois já vimos muitas outras obras do estilo, e o diretor embora brinque bem com as situações não demonstrou querer ser muito inovador. E a pergunta que fica é: Isso é ruim? Não, pois esse estilo já é bem batido, então apenas nos divertimos com boas canções, e claro com a torcida pela personagem principal.
E falando das atuações, a protagonista Lucy Boynton até entregou alguns bons trejeitos para as cenas de sua Harriet, fazendo bem todo o ar de luto, mesmo com vários anos do acontecido, trabalhou bem seu desespero ao escutar músicas em ambientes não preparados e até deu algumas nuances romantizadas de forma bem encaixada, mas não pareceu se entregar o tanto que precisava para dar carisma nem química com os dois rapazes, parecendo um pouco artificial demais, mas nada que atrapalhasse no conceito completo da trama. Justin H. Min entregou um apaixonado David que transparece a cada cena sua, que por mais enlutado que esteja pelos pais, ao ficar do lado da protagonista nem consegue se contem em sorrisos, e isso é legal de ver, mas dava para trabalhar de ambas as formas nos diferentes ambientes. Quanto aos demais, Austin Crute entregou um amigo da protagonista bem colocado, mas sem grandes chamarizes, David Corenswet teve várias cenas com seu Max sendo um belo par romântico do passado, mas sem ter mais do que duas frases por cena, e Retta entregou uma boa conselheira de luto nas reuniões, mas sem fluir também muito no drama da protagonista.
Visualmente temos a casa da protagonista recheada de discos, anotações por todos os cantos com o que acontece com cada música, para onde lhe leva, e seu fone companheiro do dia a dia para tampar qualquer chance de ouvir canções fora de seu ambiente seguro, tivemos a loja de antiguidades do protagonista bem recheada de detalhes, mas que acabou sendo usada apenas pra duas cenas importantes, e muitas cenas num grupo de apoio ao luto, além de alguns passeios em cafeterias, discotecas, boates e dentro de um carrão conversível, e claro o grande protagonista a vitrola tocando diversos discos possíveis com seus giros, carinhas e tudo mais.
Como a base do filme é feita em cima das canções, é claro que a trilha sonora é incrível, cheia de grandes canções escolhidas a dedo para os diversos momentos da trama, com uma entrega bem marcante junto de grandes cantores, valendo ouvir tanto no filme quanto fora da sessão, e felizmente temos o link para compartilhar com todos.
Enfim, está longe de ser um filme perfeito do estilo, principalmente por logo de cara sabermos o rumo que a trama vai tomar para ter um fechamento no estilo tradicional do gênero, mas que ao menos fecha bonitinho e acaba sendo gostoso de ver, fora as ótimas canções escolhidas que deram um tom bem mais interessante para a proposta, então acaba valendo a conferida como um bom passatempo. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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