O longa se passa em 1963, uma época em que o leite e o cereal dominavam os cafés da manhã. Os Kellogg's e Post são rivais empresarias que competem para criar um bolo que poderia mudar o café da manhã para sempre, mostrando a batalha por trás da criação de um docinho revolucionário.
Se passaram 17 anos desde que Jerry Seinfeld criou o roteiro de "Bee Movie" e desde então não tinha voltado a fazer roteiros de filmes, mas eis que agora não só criou o roteiro como também se aventurou na direção, e claro no protagonismo, aonde ele conseguiu mostrar a criação de um biscoito só que de uma maneira maluca demais, que talvez num estilo mais fantasioso como "Wonka" faria mais sentido, mas ainda assim o resultado da trama tem uma certa intensidade cômica que agrada, porém com tudo tão forçado o resultado acaba não fluindo como deveria em um filme. Claro que não é ruim, afinal o elenco de peso sabe ser engraçado e tirar onda com tudo na tela, mas certamente dava para ter ido um pouco mais além, talvez nas mãos de um diretor com mais pegada e estilo.
Quanto das atuações, fazia anos que não via Jerry Seinfeld, e pelo que vi ele mesmo não se entregou muito depois de seu seriado, e aqui seu Bob tem boas ideias, mas parece maluco demais ao ponto de não conseguir entregar toda sua criatividade, bem como fazia lá nos anos 80/90 quando jogava suas sátiras, e o resultado aqui dependeu mais da química dele com os demais do que dele próprio, mas ainda tem tino para criar rapidamente e chamar atenção na tela. E falando em química, a parceria do diretor com Melissa McCarthy é algo que facilmente numa apresentação de premiações daria muito certo, pois aqui sua Donna Stankowski tem uma mente brilhante, faz parecer a loucura toda com muita vez, e encaixa essa síntese na pegada da trama. Embora tenha aparecido pouco, Peter Dinklage entregou a cena que mais me fez rir como presidente dos leiteiros, fazendo o protagonista passar por um "corredor polonês" que nem em sonho muitos gostariam, além de trabalhar com seu famoso olhar denso e imponente. Ainda tivemos toda a briga entre os donos das marcas bem encaixados com Amy Schumer fazendo uma Marjorie Post bem imponente e direta, e do outro lado Jim Gaffigan trabalhando um excêntrico Edsel Kellogg III, mas quem conseguiu ter um destaque mais chamativo foi Hugh Grant com seu Thurl, ator que dominou a roupa do tigre famoso e ainda organizou todo um grupo de mascotes contra a ideia de fazer algo sem um mascote.
Visualmente a trama é bem colorida, mostrando desde crianças revirando lixeiras atrás de comida até protótipos de espaçonaves da NASA, brincando com o fato dos leiteiros, com a produção dos cereais, e até mesmo a junção de vários gênios de áreas nada correlacionadas a comidas para criação de algo inovador para a companhia, brincando bem com tudo com sacadas até mesmo para uma massa mutante, ou seja, o famoso apelo cômico que as vezes funciona, outrora fica estranho demais até mesmo para quem gosta.
Enfim, é um filme que serve como um passatempo interessante para quem curte comédias bagunçadas, mas para quem for conferir esperando algo que trabalhasse uma história realmente de como foi criado os biscoitos irá se decepcionar um pouco com o resultado meio audacioso do diretor e sua turma, então fica a recomendação com ressalvas. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas hoje ainda vou conferir mais um longa, então abraços e até logo mais.
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