O Tarô da Morte (Tarot)

5/18/2024 11:17:00 PM |

É engraçado como alguns filmes de terror gostam de entregar mais comicidade do que tensão, já sendo praticamente um estilo marcado quando colocado jovens que se metem aonde não deveriam. E o longa "O Tarô da Morte" brinca bem com essa sacada, não sendo algo assustador, e chega a lembrar até um pouco "Premonição", só que aqui quem fala como os jovens irão morrer são as cartas tiradas por uma amiga, ou seja, tem um ou outro ato que tenta te pegar no susto, mas na maior parte é entregue apenas a curtição e as mortes, que nem são tão fortes quanto deveriam. Ou seja, é o básico, divertido e bem colocado longa desse estilo terror para jovens, que vai servir como um passatempo para quem não ligar de monstros feios e sem muito chamariz, mas quem for assistir esperando um terror mesmo vai sair meio que decepcionado da sala.

O longa vai mergulhar no mundo misterioso e perigoso das leituras de tarô, onde um grupo de amigos da faculdade comete o erro fatal de violar uma regra fundamental: nunca usar o baralho de tarô de outra pessoa. Ignorando esse aviso, eles, de forma irresponsável e inocente, libertam um mal indescritível preso nas cartas, desencadeando uma série de eventos aterrorizantes. À medida que cada um dos amigos enfrenta seu destino predito pelas cartas, eles se veem presos em uma corrida desesperada contra a morte. Enquanto tentam desvendar o mistério por trás das previsões sombrias, são assombrados por uma série de mortes relacionadas aos seus horóscopos, deixando-os cada vez mais próximos de uma terrível conclusão.

Diria que a estreia de Spenser Cohen e Anna Halberg nas funções principais de um longa depois de produzirem muitos outros filmes foi singela e bem colocada, pois não se esforçaram para fazer um filme que virasse uma obra prima, mas escolheram o gênero terror juvenil ou adolescente como alguns preferem chamar, por ser mais fácil de entrega, não precisando causar tensões e/ou impactar, mas sim apenas brincar com toda a ideia da essência e permear a brincadeira como algo realista. Claro que muitos irão dizer que o final ficou forçado demais, mas ainda assim o resultado entregue na tela mostra que os diretores podem brincar mais que o público vai curtir, aliás para minha surpresa a sala estava bem cheia, tanto que achei que estava entrando na sala errada!

Quanto das atuações, acredito que os atores se divertiram gravando suas cenas, pois não aparentaram medo na tela, mas sim aquele desespero tradicional de fugir dos monstros e uma entrega ao menos engraçada de ver, de tal forma que cada um fez seus atos de modo simples e praticamente saíram de cena, valendo mais Harriet Slater com sua Haley desafiando bem tudo nas suas leituras das cartas e buscando meios de fugir da Morte que apareceu para ela, Adain Bradley bem colocado com seu Grant descrente de tudo o que está rolando, mas fugindo bem do Diabo, e claro Jacob Batalon que praticamente saiu dos longas do Homem-Aranha e fez o mesmo personagem aqui com seu Paxton fugindo do Louco, enquanto os demais apenas morreram bem. Já a senhorinha Olwen Fouéré que arrumaram para fazer uma mulher aficionada pelas cartas que mataram mundo afora por anos, poderiam ter trabalhado mais, pois apenas fez alguns atos com olhares jogados e depois morreu fácil demais.

Visualmente o longa não entrega grandes atos chamativos, mas diria que os monstros que aparecerem foram bem feios para causar realmente, dando uma nuance interessante para a trama, de forma que como foram espertos de fazer muitas cenas no escuro, acabaram economizando um pouco com maquiagens, e até mesmo as mortes ficaram sem grandes explosões, o que acaba não causando tanta tensão quanto poderia.

Enfim, é um longa que fui esperando ser muito ruim, e até me divertiu de certo modo, mas claro passando bem longe de assustar ou causar algo, sendo mais uma aventura de jovens em algo que não deveriam ter mexido do que algo monstruoso mesmo, de tal forma que a pegadinha que está na internet do longa causa mais medo do que o filme inteiro, então como já disse vale como um passatempo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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