A sinopse nos conta que muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras. Apesar de ser responsável pela segurança da nova geração de primatas evoluídos, muitos não conhecem os feitos de César. E é neste novo cenário que um líder macaco começa a escravizar outros grupos para encontrar tecnologia humana, enquanto um jovem macaco, que viu seu clã ser capturado, embarca em uma viagem para encontrar a liberdade, sendo uma jovem humana a chave para todos.
Quem me segue a muito tempo sabe que sou fã da franquia "Maze Runner" do diretor Wes Ball, e mesmo dizendo no começo que tinha receio de como ficaria a nova trilogia dos macacos, tinha uma pontinha de certeza que o diretor não iria se queimar, ainda mais tendo duas grandes trilogias para se basear e não jogar fora, e ele realmente não decepcionou, entregando atos emocionais mistos com atos empolgantes de ação e luta, cenários gigantescos (que sabemos que muito foi computação, já que os atores usaram 99% de captura de movimentos para serem transformados em macacos e não iriam ficar pulando numa floresta ou na água) mostrando que não tinha medo de errar no processo tecnológico, e mais do que isso, pegando uma história que convence de resgate familiar, de sucessão, de reinado e desejo por poder (aliás o macaco Proximus deseja conhecimento e saber além de poderio militar, pois sabe que pode dominar com isso), que acaba fluindo fácil e com impacto na tela. Ou seja, é mais um acerto do diretor, e espero que mantenham ele para fazer os próximos, pois aí sim ele vai mostrar que sabe como ligar todos os pontos.
É meio difícil falar sobre as atuações em um filme aonde não vemos os rostos verdadeiros dos atores, mas como todos fizeram seus atos através de capturas faciais encenando os atos, posso dizer que é algo tão expressivo o que Owen Teague entrega para seu Noa, que chega a ser interessante demais ver na tela sua evolução pessoal, afinal é um jovem macaco, mas que precisou ter responsabilidades de adulto logo após as primeiras cenas, ou seja, se entregou demais e conseguiu segurar o longa como protagonista que foi. A jovem Freya Alan já precisou se entregar mais para sua Mae, afinal é uma das poucas sem maquiagem digital, e embora não tivesse atos explosivos chama a atenção na tela e convence para o que precisava. Peter Makon trabalhou um emotivo Raka bem colocado, sabendo dominar o ambiente e criar a conexão entre o ressentido protagonista e a garotinha necessitada, e mostrou um bom preparo para agradar também com trejeitos fortes. Mas falando de trejeitos fortes é claro que temos de falar de Kevin Duran com seu Proximus Cesar imponente, cheio de traquejos e dinâmicas, e principalmente sendo um vilão forte sem precisar ter atos de vilania propriamente ditos, deixando que fizessem por ele. Ainda tivemos outros bons personagens como Lydia Peckham com sua Soona, Travis Jeffery com seu Anaya, Neil Sandilands com seu Koro e Sara Wiseman como a mãe do jovem macaco Dar, mas acredito que poderiam ter dado muito mais voz e interpretação para William H. Macy com seu Trevathan, pois o ator é incrível no que faz sempre, e aqui acabou ficando tão secundário nas suas três cenas que não empolga.
Visualmente, como iniciei o texto, o longa é um deslumbre cênico, praticamente filmado em sua totalidade com câmeras Imax em diversos atos para que a conversão gráfica ficasse ainda mais imponente, e tivemos desde uma floresta incrível com ninhos marcantes para as águias, cenas com cachoeiras, com incêndios e muita simbologia nos elementos cênicos (daqueles que vai ter analista de filmes com mais de milhão de teorias), até chegarmos no reino de Proximus na beira de uma praia devastada, com navios caindo os pedaços, muitos diques, e claro um cofre humano bem imponente que quando invadem vemos muitos elementos cênicos que valeriam a pena ter um desenvolvimento maior. Ou seja, a equipe de arte conseguiu agradar na medida certa.
Enfim, é um filme que convence, que tem empolgação do começo ao fim, e que se tenho de pontuar algo seria apenas do alongamento da trama em atos que não precisariam tanto, e a correria nos atos dentro do cofre que valeriam trabalhar um pouco mais, mas não é nada que incomode, então recomendo com toda certeza o longa para todos, e iremos aguardar o que virá a acontecer no próximo filme, afinal vão precisar ousar muito com os humanos para não ficarem jogados como aconteceu aqui. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, nessa semana de uma única estreia nos cinemas, mas terei algumas cabines e claro filmes do streaming para conferir, então abraços e até logo mais.
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