A sinopse nos conta que ao lado de sua namorada, Edward decide desvendar os segredos a respeito de sua família biológica, com quem nunca teve contato. No entanto, o que parecia ser uma jornada de descobertas pelo Norte de Portugal rapidamente se transforma em um pesadelo indescritível. Edward logo percebe que os laços que o unem a sua família estão mergulhados em um segredo macabro, capaz de atormentar até mesmo os mais corajosos.
O diretor e roteirista Gabriel Abrantes até que mostrou saber bem como criar na tela os elos que precisava para que sua história não ficasse frouxa na tela, de modo que precisou claro de alguns atos de conversa mais explicativo, porém não forçou a barra com idas e vindas desnecessárias, e soube usar da bizarrice para que as cenas mais tensas funcionassem. Claro que alguns momentos poderiam impactar mais, porém para isso talvez o diretor precisasse ir para alguns rumos mais exagerados. Só acredito que o final ficou meio jogado se realmente se passa após os atos ou se foi algum tipo de lembrança, mas isso só o diretor para saber.
Quanto das atuações, Brigette Lundy-Paine foi bem dinâmica e impositiva com sua Riley, de modo que acaba fluindo mais no final do que no miolo com as descobertas que faz, e assim sendo poderia ser mais investigativa para criar alguns trejeitos mais fortes. Não conhecia o ator Carloto Cotta, mas ele me lembrou algum outro ator que não consigo lembrar quem, porém diria que foi muito bem em cena já que faz três papéis, e assim sendo seus Edward, Manuel e Artur acabam sendo intensos e bem colocados, e o melhor, ele trabalhou trejeitos e tons de vozes diferentes para que cada um fosse semelhante, mas diferente de personalidade, e assim mostrou ser um ator bem marcante na tela. Anabela Moreira foi toda trabalhada numa maquiagem marcante de modo que sua Amélia ficou bem velha e cheia das plásticas, assustando e se parecendo bastante com muitas mulheres que exageram em procedimentos estéticos, e seu jeito doce, porém sombrio acaba funcionando para o que o filme pedia. Já Alba Baptista apareceu bem pouco com a versão jovem de Amélia, e nem precisou falar nada na tela, mas agradou com dança e bons trejeitos. Ainda tivemos a participação especial de Rita Blanco como Sra. Vieira, mas apenas serviu para dar as ligações da trama.
Visualmente a equipe de arte escolheu um casarão bem antigo, porém imponente visualmente, com ambientes bem representativos, escuros, quartos velhos e corredores estreitos para dar um certo ar claustrofóbico, não tendo tantos elementos cênicos para detalhar, mas que funcionam para o que o filme precisava, e claro também mostrando uma Portugal bem rica de vegetação na tela.
Enfim, é daqueles filmes que até dá para recomendar, mas desde que se vá conferir esperando bem pouco dele, pois assim o resultado vai causar uma certa estranheza com as bizarras cenas finais, mas dava para ter ido mais além para impactar melhor, e claro ter trabalhado um pouco mais o personagem do velho preso. Mas é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto logo mais com outro texto, afinal hoje ainda vou encarar mais um.
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