A sinopse nos conta que Ann enfrenta a estagnação em um relacionamento casual de BDSM, um emprego medíocre e uma família judaica conflituosa. Em meio à alienação crescente, ela luta para encontrar seu caminho nesta comédia autodepreciativa.
Confesso que no meio do longa eu já estava totalmente revoltado com a diretora Joanna Arnow com o que ela estava fazendo com a protagonista para entregar algo tão deprimente de olhares e sensações, mas depois que cheguei nos créditos e vi que era a própria diretora atuando, fiquei com dó dela se auto usar para isso, pois é completamente correto a entrega na tela para com a proposta, afinal depois de anos de relacionamentos de submissão BDSM, quando a pessoa tem um romance "normal" e casual não consegue entrar de cabeça naquilo, e a vida da personagem já é depressiva por si só, não tendo ânimo para nada, e até no serviço e na família ela sabota o que é normal e bom, ou seja, para a proposta de seu filme, a diretora acertou em cheio, fazendo algo brilhante e totalmente bem representado. Porém, não é algo que seja digesto para a maioria do público, sendo realmente um filme totalmente feito apenas para festivais, ou seja, chega a ser até difícil indicar ele para qualquer pessoa que queira ver ele comercialmente, pois a maioria vai odiar o que verá na tela, e corre o risco de quem indicou ser linchado, mas sabendo exatamente quem é o público-alvo que são pessoas que amam filmes alternativos de festivais, é perfeito.
Já que falei que a diretora Joanna Arnow também é a protagonista Ann, posso dizer que ao menos ela não precisou pedir que nenhuma outra atriz fizesse as diversas cenas nua e fazendo outras coisinhas tradicionais do tema, mas o principal ponto de se jogar como protagonista acredito que tenha sido fazer exatamente a expressão de desânimo geral com tudo, não desejando fazer nada além do que lhe mandam fazer, e de forma mínima para não ganhar o máximo, e isso ela entregou muito bem em todos seus atos com um nível de depressão perfeito. Babak Tafti trabalhou bem seu Chris, de um modo fofo e normal até demais para a protagonista, de tal forma que não vemos futuro na relação deles, e isso é pesado na tela. Enquanto isso do outro lado, Scott Cohen entregou para seu Allen todo o exagero clássico do BDSM, fazendo trejeitos intensos e outros com o mesmo desprezo e desânimo para com a protagonista, não chamando atenção, mas também não ficando em segundo plano. Quanto aos demais, a maioria entregou atos mais de participação, sem grandes chamarizes que valesse destacar.
Visualmente a trama oscila entre o pequeno apartamento da protagonista, a casa dos pais dela, as casas dos vários homens que visita, seu emprego bem entediante também com entrevistas e reuniões presenciais e online, o apartamento de Chris e muitas passadas pelo metrô, não tendo grandes atos críticos que talvez chocasse o público pela temática, mas usando a sexualidade de um modo simples e bem colocado.
Enfim, é um filme que funciona dentro da proposta, mostra bem o estilo da protagonista e se encaixa completamente dentro do nome dele, porém como já disse no texto é feito apenas para amantes de festivais que verão o filme com o olhar exato que o longa tem, de modo que se entrar no eixo comercial não vai funcionar, então deixo a recomendação para os amigos amantes de longas de festival conferirem, pois esses saberão olhar e entender o que a trama passa exatamente. E é isso pessoal, fico por aqui agradecendo os amigos da Synapse Distribuidora, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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