Até que a ideia da diretora e roteirista Stelana Kliris teve dinâmicas bem encaixadas dentro da proposta como um todo, porém acabou faltando atitude para que tudo fosse mais amplo e desenvolvido, ficando uma trama que parece vários mini-capítulos de novela, aonde tudo se resolve rapidamente e nada é temperado para uma funcionalidade maior. Ou seja, vemos uma trama na tela que poderia ser a continuação de qualquer outro filme, ou algo meio que especial de uma série, que não tinha propostas para algo mais preparado realmente, e isso acaba forçando o espectador a completar os espaços do roteiro sozinho e apenas aceitar a fluidez rápida, que ao menos não ficaram enrolando com cenas sem nexo. Sendo assim, o que nos é entregue com toda certeza não é nem 30% de um roteiro maior, que acabou sendo cortado na edição para algo simples e sem vida.
Quanto das atuações, Harry Connick Jr. tentou fazer um estilo meio galã em fim de carreira com seu John, mas não trabalhou nem olhares deprimidos nem nada que convencesse pelo estilo em si, de forma que seus atos até soaram bonitinhos junto das demais personagens principais, mas nada que fosse marcante realmente para chamar atenção. Agora quem se jogou bem na personagem foi a jovem Ali Fumiko Whitney, que trabalhou sua Melina de uma forma bem solta, botando a voz para jogo em diversos momentos, e sabendo dosar o carisma para que suas cenas ficassem gostosas de ver acabou brincando bastante com tudo, sendo graciosa e bem colocada. Agni Scott também brincou um pouco com as nuances de sua Sia, mas faltando realmente entregar uma personalidade mais dura para com o protagonista, de tal maneira que vemos alguns atos mais emotiva, outros mais retraída, mas nada que desse realmente o tom que o longa pedia. Ainda tivemos atos bacanas com tentativas cômicas de Tony Demetriou com seu Manoli e Lea Maleni mais explosiva com sua Koula, mas sem grandes ideais para chamar atenção para o que fizeram.
Visualmente o longa é bonito de ver, tendo uma casa simples porém vistosa no topo de um penhasco, uma praia paradisíaca e uma cidadezinha com um ar antigo, mas com detalhes gostosos de se envolver, de forma que tudo ali acaba sendo usado para criar um clima romântico, mas que ainda assim seja bem alocado na trama. Ou seja, a equipe de arte escolheu bem as locações para que tudo fosse funcional, sem precisar depender de muitos elementos cênicos para criar as devidas situações da trama.
Enfim, é um filme simples, que talvez alguém em um dia bem inspirado até acaba se apaixonando com a ideia, mas poderiam ter ousado mais nas canções para que chamasse a trama para um caminho mais intimista e gostoso de ver. Ou seja, acabei dando play enganado, e assistindo até o final acabou que não conseguiu me conquistar como poderia, e assim sendo não tenho como recomendar o longa para ninguém. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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