O Exorcismo (The Exorcism)

7/29/2024 12:32:00 AM |

Muitos falam que o gênero terror com exorcismo já está saturado demais, aonde quase que raramente surgem algumas ideias mais diferentes, mas sempre é bacana quando inventam alguma vertente para dar aqueles sustos inesperados, e a pergunta que eu coloco agora é: quantos pecados (ou boletos) o ator Russell Crowe está precisando pagar para já estar em seu segundo filme do estilo e parece que ainda virá mais nos próximos anos! Brincadeiras a parte, o longa "O Exorcismo", que estreia na próxima quinta 01/08 nos cinemas do país, trabalha uma ideia que já ouvimos falar bastante que é a de sets de filmagem de longas de terror darem errado com coisas caindo, luzes apagando, e até comportamentos de atores irem mudando por talvez entidades perdidas, e a trama consegue envolver com boas atuações, e claro com muitos sustos gratuitos pegando o público desprevenido, e diria que só não foi melhor por querer trabalhar junto dessa ideia mais dois motes, o do abandono da família no momento do vício no passado do personagem principal, e também dos possíveis abusos que sofreu quando mais jovem, pois acabaram ficando meio que jogados tudo na tela sem um desenvolvimento mais preciso, mas ainda assim o resultado completo acaba sendo bem interessante de conferir, e quem gosta do estilo irá curtir a trama.

A sinopse nos conta que Anthony Miller é um ator com um passado sombrio, marcado pelo abuso de drogas. Durante as filmagens do seu novo filme de terror, ele começa a exibir um comportamento perturbador, levantando suspeitas sobre seu estado mental. Ao investigar o que pode estar acontecendo, sua filha se vê no limite entre a realidade e o sobrenatural e percebe que os problemas que assombram seu pai podem ser mais aterrorizantes do que parecem.

Diria que o diretor e roteirista Joshua John Miller teve uma boa ideia para representar na tela, ou melhor algumas boas ideias, porém se perdeu um pouco em executá-las, de tal forma que a velha ideia do menos é mais sempre funciona, e querer trabalhar muitas dinâmicas em um único filme acaba sendo algo que o público se perde e não foca no ato principal. Claro que seria bacana entendermos mais do trauma do passado do personagem principal como coroinha, seria bacana ver um pouco mais do abandono dele da família, mas a grande base mesmo é a do demônio no set de filmagem atacando geral para ficar com medo e desespero, usando grandes clássicos de filmes de terror como base, tendo a famosa câmara frigorífica para os efeitos práticos de fumaça na boca dos protagonistas, e até um set gigantesco de três andares para causar vertigens, ou seja, o diretor tinha nas mãos muita coisa para brincar e quis sair do eixo demais, o que acabou sendo um resultado interessante de ver, mas que ao final você fica na dúvida se ele conseguiu chegar perto da ideia toda que queria mostrar.

Quanto das atuações, Russell Crowe é daqueles atores que vendem qualquer filme que entra, pois tem seus trejeitos e desenvolturas sempre tão bem colocadas que acaba funcionando, e aqui seu Tony é marcante, tem seus traumas e explosões, e consegue chamar atenção em muitos atos, que claro não vão traumatizar ninguém, mas soube segurar a tensão e dosar bem os seus dramas na tela, e também com seus movimentos de bebedeira e também de incorporação. Ryan Simpkins deu um tom bem colocado para sua Lee, conseguindo expressar medo e também um certo receio do pai em alguns atos, mas principalmente mostrando saber segurar seus atos com uma densidade interessante, não ficando tão em segundo plano como acabaria rolando em muitos filmes. Quanto aos demais, diria que tivemos alguns atos interessantes por parte do diretor do filme que está sendo gravado com Adam Goldberg entregando cenas bem irritantes de ver que sabemos que muitos fazem instigando o ator principal; também tivemos alguns momentos bem colocados de Chloe Bailey com sua Blake, mas sem dúvida o destaque positivo ficou para David Hyde Pierce com seu Padre Conor bem denso e chamativo, e o negativo ficou para Sam Worthington que depois de tantos filmes por trás de computação, acabou ficando bem sem expressividade na tela com seu próprio rosto.

Visualmente a trama foi interessante por mostrar um set de filmagens de vários andares, com muitos ambientes de uma casa, mas que acabou focando só em dois lugares que foi a sala e o quarto da garota, também tivemos uma câmara fria bem interessante que sabemos que é utilizada para dar as famosas fumacinhas nas bocas de filmes de exorcismo, e na casa/apartamento dos protagonistas tivemos um ambiente meio que estranho de se ver, pois a jovem vai descendo em um porão com tantos degraus que nem se fosse um castelo teria algo tão para baixo assim, mas dentro da casa conseguiram mostrar o quão beberrão é o personagem principal que chega até exagerar em alguns atos.

Enfim, é um filme que tinha até potencial para ir mais além, mas que por não ser um diretor tão experiente no estilo acabou se perdendo um pouco nas ideias, de modo que o filme entrega bons atos, porém não vai muito além na tela. Ou seja, é um bom exemplar para quem gosta do estilo que vá conferir sem esperar muito dele, pois aí o resultado acaba sendo até interessante, mas quem quiser um algo a mais irá acabar se decepcionando. Sendo assim fica a dica para a conferida nele nos cinemas a partir do dia 01/08, e eu fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e da Imagem Filmes pela cabine de imprensa, então abraços e até logo mais com outras dicas.


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