sexta-feira, 12 de julho de 2024

Twisters

Realmente eu jurava que o filme "Twister" fosse mais novo, mas já se passaram 28 anos desde o original, o que teve esses tempos atrás (10 anos) foi "No Olho Do Tornado", que foi divertido, porém sem tensão, e confesso que o original mesmo não foi algo tão tenso, tendo mais a pegada realmente de caçadores de tempestade, então por quais motivos deveriam refazer ou dar continuidade para a trama, e mais do que isso, como chegaram no ouvido de Steven Spielberg e falaram que esse era um projeto que ele poderia assinar seu cheque e dormir tranquilo esperando o retorno lucrativo? A resposta vem bem fácil, pois "Twisters" tem a pegada country que os EUA tanto ama, tem muita destruição, tem bons atores da moda, mas conversa bem com o público em duas frentes: a dos que lucram com a destruição de um tornado e a dos que querem descobrir como destruir (domar) um tornado para amenizar a destruição de cidades do país, ou seja, o famoso ponto de discussão que sempre geram muitos burburinhos. Ou seja, o longa é divertido demais, tem boas cenas de impacto, causa uma certa tensão, mas entretém, e isso é o fator que faz valer ver nas maiores salas possíveis como Imax, XD ou MacroXE do país todo (conferi em Imax e não me decepcionei com todo o barulho e imponência dos bichões!).

O longa foca em uma dupla de caçadores de tempestade. Kate Cooper é uma ex-caçadora desses fenômenos, mas que acaba sendo atraída de volta às planícies por seu amigo Javi (Anthony Ramos), para testar um novo sistema experimental de rastreamento meteorológico. Nessa missão, ela cruza seu caminho com Tyler Owens, um ícone das redes sociais que compartilha suas aventuras de caça à tempestade. Conforme a temporada de tempestades se intensifica e acontecimentos aterrorizantes tomam conta, Kate e Tyler, que são concorrentes, se encontram em meio a uma situação nunca vista antes, colocando suas vidas em risco.

O mais engraçado de tudo é que o diretor Lee Isaac Chung não tem em seu currículo filmes der ação, muito pelo contrário, ele ficou bem conhecido por concorrer ao Oscar de direção e filme em 2020 com  o belíssimo "Minari - Em Busca da Felicidade", e aqui usou do estilo carismático para que a trama intensa não fosse só algo para os fãs malucos desse estilo de filme, mas criando emoções e desenvolturas para que os personagens tivessem carisma, as cenas fossem bem elaboradas, e claro também mostrasse facetas para discutirmos como disse no começo do texto, fora que se em Hollywood quase tudo é computação, ele optou por usar algumas imagens reais de caçadores de tornados verdadeiros, e assim conhecer um pouco mais desse mundo, das destruições e tudo mais. Ou seja, ainda é o tradicional filme-desastre que gostamos de ver com muita ação e destruição, porém com mais personalidade e envolvimento, de maneira que a trama consegue criar nuances de diversão na tela com uma boa pegada diferenciada de estilo.

Quanto das atuações Daisy Edgar-Jones se jogou demais na personalidade de sua Kate, de forma que chegamos a ficar com pena de tudo o que acontece com ela no começo, e claro o trauma que fica para voltar a entrar no clima das caças depois, mas passou bem o ar de garota inteligente e de postura, felizmente não se jogando fácil para o lado do galã, mas usando de boas jogadas para fazer o que precisava com ele, claro que muitos vão ficar esperando o desfecho do casal, mas isso vai ficar para uma sequência, pois aqui a jovem queria mesmo era acabar com os tornados. E falando do galã, meu teclado já quase digita sozinho o nome Glen Powell, afinal o cara está em quase todos os grandes lançamentos dos dois últimos anos, sendo seu terceiro filme só em 2024, e o estilo de seu Tyler combinou demais com a personalidade do ator, fazendo um papel mais descontraído, cheio de estilo, bem na pegada country como um vaqueiro laçador de tornados, tendo postura e imposição para começar como um perfeito galã pegador, mas se desenvolvendo mais no miolo para ter um lado mais focado com a sua parceira de cena. Ainda tivemos outros bons personagens, dando o devido destaque para Anthony Ramos com o seu Javi, completamente diferente de personalidade e estilo de seus últimos longas, mas trabalhando bem a dinâmica que o filme pedia, e sendo impactante quando precisou, e claro para Harry Hadden-Paton completamente desesperado no banco da caminhonetona como o repórter londrino Ben.

Visualmente a trama visitou muitas cidades do Oklahoma, trabalhando bem o estilo country, as cidades mais rurais com suas feiras e rodeios, muitas caminhonetes gigantes, vários aparatos tecnológicos para capturar dados dos tornados, e claro muita imposição cênica com um tornado maior que o outro, muito vento na cara dos protagonistas, tudo voando, explodindo e destruindo o máximo possível das cidades, em cenas bem marcantes na tela, além disso tivemos o celeiro da casa da mãe da protagonista aonde tinha sua maquete e os produtos químicos para tentar diminuir a força dos furacões, e ainda uma rápida cena no centro meteorológico de Nova York, ou seja, pacote completo de elementos para todos os gostos.

A trilha sonora veio recheada de country music da melhor qualidade, com boas dinâmicas para as corridas dos caçadores de furacões, e claro ajudar na tensão de alguns atos, e claro que deixo aqui o link para vocês curtirem o álbum do filme.

Enfim, mesmo tendo muita conversa científica, e alguns atos que tentam se levar a sério, é o famoso estilo de filme que temos de conferir sem ligar muito para o realismo, torcer para coisas gigantes voarem para todos os lados (preferencialmente em direção aos protagonistas para verem eles surtarem), e ver muita destruição na tela, e isso o longa cumpre com muito esmero, então vá conferir e se divirta, afinal a trama está bem legal de ver na maior tela possível, pois em casa com toda certeza o filme não trará o mesmo impacto. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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