Alien: Romulus em Imax

8/16/2024 08:25:00 PM |

Confesso que nunca tive medo dos filmes da série "Alien", mas hoje o nono longa da franquia "Alien: Romulus" conseguiu me deixar tenso ao ponto de ao final precisar tomar um remédio de dor de cabeça! Ou seja, esse novo permeia o terror com uma tensão tão bem encaixada que você não chega a se irritar com as atitudes burras dos personagens de filmes do gênero, pelo contrário até torce para a garota corajosa conseguir fugir e/ou matar o bichão, de tal forma que a intensidade funciona, não temos tantas cenas escuras abusando de sustos gratuitos, e o diretor conseguiu o óbvio que desejamos ver em longas desse estilo que é causar o terror com a entrega. E assim sendo, por incrível que pareça, a trama consegue prender e desenvolver algo bem novo dentro da ideia toda, ao ponto que quem conhecer um pouco da franquia irá ficar mais situado, mas quem não souber nada irá curtir da mesma maneira tudo o que verá na tela, ou seja, conseguiram reviver uma franquia que estava bem morna para algo que quem sabe flua novamente nos cinemas.

O novo longa se passa entre o primeiro filme da franquia, "Alien: O Oitavo Passageiro" (1979), e o segundo, "Aliens: O Resgate" (1986) - mais especificamente cerca de 20 anos após a produção que inicia a saga. Na trama, um grupo de jovens vasculham uma estação espacial desativada, na esperança de encontrar a tecnologia necessária para deixar seu planeta condenado para trás, mas que acabam despertando involuntariamente o organismo mais aterrorizante do universo.

Diria que o diretor e roteirista Fede Alvarez ("O Homem Nas Trevas", "A Morte do Demônio) está deixando os fãs de terror sonharem com bons longas intensos e marcantes nas telonas, trazendo por vezes alguns filmes novos e bem originais, ou até ressuscitando tramas que pareciam mortas ou deram bem errado nas mãos de outros diretores, e aqui ele trabalhou sua ideia de uma forma tão criativa que vemos toda a essência dos filmes do bichão do passado, porém com uma pegada corajosa e intensa de sobrevivência, ao ponto que assistindo na sala IMAX, que acredito que tenham filmado na tecnologia, você parece estar junto dos protagonistas fugindo do personagem principal, se embrenhado na nave para conseguir salvar os demais e você mesmo, ao ponto que você não enxerga a mão do diretor fazendo a trama funcionar, e isso é brilhante em tramas do estilo, pois mostra técnica sem precisar ficar apelando. Ou seja, se você tem algum filme de terror que deseja reviver, mande mensagem pro diretor, pois se mostrou "o cara" para isso.

Quanto das atuações, diria que Cailee Spaeny soube pegar a responsabilidade que foi dada para sua Rain, e se fez imponente do tamanho de um xenomorfo adulto, pois mesmo sendo bem pequenina se jogou por completo, em alguns segundos já estava atirando sem piedade (a sacada da arma se auto-apontar na mira foi algo genial), além de passar humanidade para seu irmão-androide, criando trejeitos bem moldados para que suas dinâmicas agradassem ao máximo, ou seja, já tinha elogiado ela em alguns outros filmes, reclamado também um pouco, mas agora chegou no ponto que precisava para agradar ao máximo. Outro que saiu muito bem em cena foi David Jonsson com seu Andy denso e repetitivo como um humano-sintético deve ser, mas tendo ares com personalidade suficientes para que suas cenas fossem marcantes, ou seja, segurou bem a onda e agradou bastante. Ainda tivemos alguns bons atos com Archie Renaux com seu Tyler bem disposto a resolver as coisas, tivemos Isabela Merced ficando meio que em terceiro plano com sua Kay grávida, mas bem importante de trejeitos nos atos finais, e até um Ian Holm bem irritante como Rook, o sintético despedaçado que sobrou na nave, isso sem falar nos atos de Trevor Newlin como o grandioso xenomorfo aparecendo mais seu rosto ao final, entre outros que gritaram e morreram bem em cena.

Visualmente a trama nos transporta com muito impacto para dentro de uma estação espacial imponente, cheia de ambientes bem trabalhados como um laboratório chamativo, muitos corredores lotados de bichos, armas interessantes e toda uma pegada intensa cheia de detalhes que acabam criando realismo, e que como falei no começo, vendo na sala IMAX somos quase transportados para dentro da nave, tendo bons vácuos, asteroides e tudo mais, isso sem contar no começo bem marcante num planeta praticamente destruído vivendo da mineração em tons cinzas fortes bem detalhado para mostrar uma degradação máxima, ou seja, a equipe de arte brincou com o orçamento gigantesco para que tudo ficasse muito realista, e olha que nem falei do bichão xenomorfo monstruoso bem imponente e os vários pequenos que chegam a assustar e impactar com seus pulos.

Enfim, é daqueles filmes que conseguem chamar muita atenção na tela, que mesmo quem não for fã do personagem, e da franquia em si, acabará envolvido com a entrega feira, resultando em algo marcante e cheio de nuances, que claramente vale a recomendação para os amantes de um bom terror/suspense. Então fiquem com essa dica, vá conferir numa tela gigante para que o impacto seja completo, e eu fico por aqui agora, afinal sexta é dia de ver dois filmes, então vou logo para mais uma sessão e volto mais tarde para falar o que achei. Fiquem por enquanto com meus abraços, e até logo mais.


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