Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo (Borderlands)

8/11/2024 01:18:00 AM |

A prova que reunir um elenco de primeira linha em uma adaptação de um dos jogos mais vendidos de uma produtora não funciona sem ter uma direção eficiente e uma reformulação da ideia para a telona deverá ser chamada de "Borderlands - O Destino do Universo Está em Jogo", pois o longa tem tanta coisa estranha, não tem um diálogo que salve, fora que o objetivo é tão sem explicação que nem com uma narração inicial gigante conseguimos saber o que queriam entregar com tudo. Ou seja, uma bagunça generalizada que mesmo tendo diversas cenas de explosões, tiros e tudo mais quase me fez dormir em plena tarde de sábado dentro do cinema com som alto, e isso já ocorreu com menos filmes do que tenho dedos nas mãos! Não sei se os fãs gamers vão curtir a ideia, mas uma coisa temos de refletir em adaptações de jogos para os cinemas, que ou o diretor transporta a ideia para algo mais crível, ou então tem de entregar pro absurdo total e rezar para que exploda, senão não tem como funcionar.

O longa acompanha Lilith, uma criminosa com um passado enigmático que retorna ao seu planeta natal, Pandora, em busca da filha desaparecida de Atlas, um influente proprietário de uma das mais poderosas empresas de armas da galáxia. Para alcançar seu objetivo, Lilith forma uma equipe improvável composta pelo mercenário Roland, a imprevisível adolescente Tiny Tina, e seu protetor monstruoso Krieg. Juntam-se a eles a excêntrica cientista Dr. Tannis e o robô falante Claptrap. Esta aliança de desajustados enfrenta uma série de desafios, desde ameaças alienígenas até perigosos bandidos, enquanto tentam desvendar um dos maiores segredos de Pandora. Com o destino do universo em jogo, a união desses personagens únicos será crucial para enfrentar as adversidades e revelar verdades ocultas que podem mudar o curso da galáxia.

Ainda estou me perguntando o que um diretor de filmes de terror foi fazer em uma adaptação de game, que nem tem tanta matança quanto ele poderia colocar em um filme tradicionalmente seu, mas eis que Eli Roth encarou esse serviço com uma pegada digamos meio mista entre "Guardiões da Galáxia" e "Mad Max", mas que não entrega nenhuma das duas coisas, nem em termos de história, nem em termos visuais, de tal forma que o trailer vende até mais do que o próprio filme, sendo tudo muito básico e sem chamariz que prenda o público na tela. Ou seja, o diretor pegou o projeto de outro que faria (no caso Leigh Whannel) e não conseguiu imprimir nem a sua marca que é muita violência facilmente digerida, nem algo que fosse imponente como um filme de jogos, que além de não prender o espectador à trama, ainda cansa com diálogos mornos e sem base alguma.

Agora não sei se a sina de dívidas de Hollywood anda atingindo alguns atores ou o que fizeram duas grandiosas atrizes premiadíssimas caírem numa emboscada dessa, pois Cate Blanchett como a protagonista da história Lilith ficou até que com um certo charme visual, tendo uma pose imponente e tudo mais, mas fica na sua cara que não estava no seu modo mais tradicional de filmes não fluindo como poderia, e da mesma forma Jamie Lee Curtis trabalhou a cientista excêntrica Dr. Tannis de forma meio acelerada, sem seu brilho tradicional, parecendo estar perdida no meio daquilo tudo, e olha que já fez muitas tramas esquisitas, mas aqui a jogaram numa bomba imensa. Agora quem pareceu ter se divertido com os diálogos foi Jack Black como a voz de Claptrap, pois cheio de sacadas bem colocadas, ele conseguiu brincar com seus momentos, e a equipe de computação completou com o personagem, ou seja, funcionou bem dentro da proposta. ainda tivemos alguns atos bem alocados de Kevin Hart com seu Roland e Ariana Greenblatt se entregando com sua Tina, mas nada que ficasse chamativo demais, e Florian Munteanu apenas saiu batendo com seu Krieg, mas sem chamar atenção com nada, ou seja, fez o básico para aparecer bem na tela.

Visualmente a trama até entrega cenas bem colocadas na tela, contando com ambientes gráficos chamativos, cheio de nuances e envolvimentos, de modo que o resultado assim como um bom jogo de videogame ganha gráficos chamativos cheios de explosões e ambientações que conseguem segurar ao menos o expectador, de tal forma que como disse no começo até lembra outras duas grandes obras que tivemos no passado, porém isso acaba não fluindo como deveria, e o resultado acaba sendo simples demais, e computacional demais, o que não consegue chamar tanto a atenção, que por vezes até lembra algo próximo de um videogame, mas sem envolver como deveria.

Enfim, é um filme fraco que até tinha algum potencial para ir além, mas que acaba não agradando suficientemente para chamar atenção e que amanhã nem lembraremos de ter assistido ele, ou seja, falhou mais do que acertou e acabou entregando algo que não chama atenção e nem vai muito além, não valendo a indicação de conferida se você não for exageradamente fã do jogo, ou seja, é daqueles que não levam nada a lugar algum e que não valem o ingresso, e assim sendo fico por aqui bravo com o tempo perdido e volto amanhã com outras dicas que espero gostar bem mais. Então abraços e até logo mais pessoal.


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