O longa nos mostra que Ethan Newton é um podcaster que não apenas explora histórias de crimes reais, mas também revela as falhas no trabalho policial e os abusos que acontecem ao longo do caminho. Talvez isso não o torne muito popular, mas ele sente que tem algum tipo de missão de expor as coisas. Uma noite, depois de gravar seu último episódio, ele recebe uma ligação de Seattle, a cidade onde nasceu. Sua irmã está morta. Agora, o mundo do crime verdadeiro é mais real e pessoal do que nunca. Lá, ele descobre que um código no apartamento de sua irmã, uma pista que foi esquecida pelos policiais. Isso o leva à dark web e ao Show da Morte, um local de matança ao vivo.
O diretor, roteirista e ator Dan Zachary morreu em 31/12/2022, e só agora seu último filme chegou para estrear, mostrando como ele brincou com as facetas do terror de cortes, de investigação e de abusos, afinal as invasões tecnológicas hoje é algo tão em voga que muitos que ousam entrar nesses sites acabam vendo coisas que não gostariam de participar, mas alguns entram já desejando esse espaço mais mórbido, e a sacada de sua trama é bem interessante, por não apenas os jovens entrarem nesse mundo, mas acabarem perseguidos e participando efetivamente das mortes, ou seja, o famoso rastro que a internet comum costuma deixar, mas de uma forma mais crua e dura dentro do mundo obscuro. Ou seja, é um filme que tem uma ideia interessante e uma pegada bem forte, que tem falhas (muitas por sinal) que talvez poderiam ser eliminadas, mas a ideia do trash funciona dentro do terror, então quem gosta vai curtir o último trabalho dele na telona.
Diria que um dos maiores problemas do filme está na atuação fraca do elenco, pois o protagonista Aiden Howard da mesma forma que está chorando no enterro da irmã, já está meio que quase cantando a garota, e se perdendo como voltar a chorar, isso só nos primeiros minutos de filme, depois ainda tem alguns atos de ataques e explosões fazendo com que seu Ethan se perdesse em cena, ou seja, faltou para o jovem trabalhar melhor as emoções na frente da tela e talvez não explodir tão facilmente na tela. Kimi Alexander até trabalhou bem sua Kate, com olhares cheios de medo e aquela famosa coragem de ir andando aos poucos com uma possível arma (tesoura) em mãos, de forma que até convence com o que faz em cena, mas nos atos em que ficou presa poderia ter sido um pouco mais desesperada para causar mais. Outro que também surtou demais, mas divertiu ao menos na tela foi Brendan Fletcher com seu hacker Shadow, de modo que trabalhou trejeitos bem malucos, claro por estar meio drogado, mas que dentro do contexto da trama acabou agradando com o que fez. Ainda tivemos alguns bons atos no começo mostrando Lauren Jackson numa espécie de corrida na floresta com uma câmera pendurada no seu corpo, fazendo alguns bons trejeitos desesperados, mas depois é picada e já era, então nem deu para brincar muito no filme.
Visualmente a trama tem uma pegada suja nos ambientes aonde ocorrem as mortes, com muitos sacos plásticos, sangue espirrado para todos os lados e jaulas minúsculas para dar uma impressão de animais presos realmente, e fora dali o atelier aonde a jovem trabalha também tem um pouco dessa ideia com os manequins, que no escuro parecem bem o mesmo lugar, com roupas ensacadas e tudo mais, na casa do protagonista não tivemos grandes detalhes, e praticamente foram cenas bem jogadas sem grandes anseios, tendo claro o lance dos códigos no apartamento da irmã, e também tivemos a casa do hacker com muitas telas e claro estilos chamativos para compor a cena em si. E quanto dos palhaços, diria que todos são bem assustadores e com trejeitos bem de maníacos realmente, com roupas sujas e detalhes que podem até fazer alguns rirem, mas dão mais medo do que alegria.
Enfim, é um filme que como disse falhou muito nas atuações, não teve um desenvolvimento maior na tela, e acabou suprimindo muitos atos que mereciam um melhor aproveitamento, de tal forma que funciona dentro da proposta de ser um terror de baixíssimo orçamento, que quem curte o estilo trash vai se divertir com alguns atos, mas dava para ter ido mais além para ficar algo imponente e mais chamativo. Ou seja, indico ele mais para esse público que curte tramas de terror rápidas de matança e que quem sabe nas mãos de um outro diretor continuem e aprimorem a ideia, mas se esse não for o seu estilo, não será esse filme que irá fazer você entrar pra esse mundo. E é isso meus amigos, fico por aqui agradecendo o pessoal da A2 Filmes pela cabine de imprensa, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até breve.
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