Na trama, Lily Bloom é uma mulher que, após vivenciar eventos traumáticos na infância, decide começar uma vida nova em Boston e tentar abrir o próprio negócio. Como consequência dessa mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro em Ryle, um charmoso neurocirurgião. No entanto, à medida que o relacionamento se torna cada vez mais sério, também surgem lembranças de como era o relacionamento de seus pais. Até que, repentinamente, Atlas Corrigan, seu primeiro amor e uma ligação com o passado - uma alma gêmea, talvez? - retorna para a vida de Lily. As coisas se complicam ainda mais, quando um incidente doloroso desencadeia um trauma do passado, ameaçando tudo o que Lily construiu com Ryle. Agora, com seu primeiro amor de volta em sua vida, ela precisará decidir se tem o que é preciso para levar o casamento adiante.
Cinco anos atrás eu escrevi a seguinte frase no meu texto de "A Cinco Passos de Você": "Sendo assim, podemos apostar que veremos em breve seu nome em outros longas do gênero, pois o jovem acertou a mão em cheio, fazendo um filme gostoso de curtir do começo ao fim.", de tal forma que não vi seu segundo longa no meio desse novo de Justin Baldoni, mas se em sua estreia lá em 2019 já tinha acertado a mão com uma adaptação literária menos impactante, aqui ele devorou o livro e fez questão de entregar detalhe a detalhe na tela, conseguindo mostrar técnica e precisão em suas escolhas, e não bastando desenvolver bem uma boa direção se colocou como um protagonista intenso e marcante, ou seja, se apostei nele lá atrás tive uma boa visão, pois o jovem diretor e ator tem personalidade, estilo e sabe segurar bem o que lhe derem, ou seja, agora é ver se vai pegar a segunda parte também afinal se mostrou completamente competente para qualquer projeto nesse estilo.
Quanto das atuações, confesso que não tinha reconhecido Blake Lively ruiva e com cabelos cacheados, e a atriz trabalhou bem sua Lily Bloom, tendo trejeitos bem chamativos e uma desenvoltura intensa e detalhada que acaba agradando com o que faz, claro que poderia ter sido um pouco mais densa nos atos mais fortes, mas ainda assim conseguiu fazer bem o papel que muitos fãs do livro esperavam ver na tela. O diretor Justin Baldoni fez um Ryle bem marcante de olhares, com uma tensão cirúrgica para prender bem o espectador na tela, e até tendo alguns atos que farão o público ficar bravo com ele, sendo de uma expressividade e intensidade que acaba agradando demais, o que é raro de acontecer quando algum ator também dirige. Brandon Sklenar fez um Atlas meio que morno demais de expressões, mas foi bem gracioso e sutil com o que precisava nesse primeiro filme, de tal forma que vai ter de melhorar um pouco mais na continuação, pois acredito que o foco irá ser grande em cima de seu personagem. Falando das versões jovens dos protagonistas, Isabela Ferrer ficou muito parecida com Blake Lively de modo que até cheguei a pensar que tinham feito um rejuvenescimento computacional na atriz para que fizesse as duas versões na tela, e isso foi bem bacana de ver, mostrando também personalidade das atrizes para combinarem bem os trejeitos, e Alex Neustaedter fez uma dinâmica mais tímida com seu Atlas, porém com trejeitos doces e interessantes de ver. Quanto os demais, vale destacar Jenny Slate com sua Allysa ligada no 220V, cheia de traquejos bem divertidos e sendo verdadeiramente mais uma amiga da protagonista do que uma irmã do protagonista, e Amy Morton trabalhou a mãe da protagonista com semblantes densos bem encaixados que chamaram atenção nas cenas que fez.
Visualmente a trama teve uma boa pegada com cenas abarrotadas de elementos cênicos que com toda certeza são citados no livro, fazendo com que a equipe de arte tivesse um trabalho intenso e que conseguiram representar bem na tela, tendo claro o destaque da floricultura bem chamativa, as cenas românticas na casa da jovem, detalhes dos corações, e até mesmo o restaurante famoso, isso sem contar os apartamentos chiques e bem ambientados para que todos os atos fossem marcantes e interessantes de ver na tela. Ou seja, como disse não li o livro, mas pelo que andei vendo em alguns comentários no trailer e em alguns sites, o pessoal tá elogiando a fidelidade cênica na tela também, o que realmente me agrada já que gosto de bons produtores cênicos que acertam quando vão fazer filmes sem gastar erroneamente.
Outro ponto bem favorável da trama ficou a cargo da trilha sonora escolhida na medida para marcar todas as cenas, não ficando apenas nos instrumentais, mas dando as devidas nuances como grandes clássicos do estilo tem entregue nos cinemas, e claro que deixo aqui o link para quem quiser ouvir depois.
Enfim, é um filme docinho, leve de se ver, mas que consegue trabalhar bem o tema forte na tela, sendo denso e intenso no resultado final, fazendo algo que faz tempo que não acontece de abarrotar fãs nas salas dos cinemas, mas também entregar uma história que pessoas que não tivessem lido o livro se envolvesse com o resultado, e assim sendo vale a recomendação para quem curti romances docinhos na telona conferir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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