A sinopse nos conta que em um futuro próximo, uma "Grande Loteria" foi estabelecida na Califórnia - a pegadinha: matar o vencedor antes do pôr do sol para reivindicar legalmente o prêmio de vários bilhões de dólares. Quando Katie Kim se muda para Los Angeles, ela se depara, por engano, com o bilhete premiado. Desesperada para sobreviver aos caçadores de prêmios, ela une forças com o agente de proteção de loteria amador Noel Cassidy (John Cena), que fará tudo o que estiver ao seu alcance para levá-la ao pôr do sol em troca de uma parte do prêmio. No entanto, Noel precisa enfrentar seu rival Louis Lewis, que também quer receber a comissão de Katie a todo custo.
O diretor Paul Feig é daqueles que entrega alguns bons filmes e outros que você geralmente se arrepende de ter assistido, porém a ideia do roteirista Rob Yescombe é daquelas que tem tanta originalidade que não tinha como ele destruir qualquer ato da trama, ou seja, o resultado do texto na tela tem estilo suficiente para funcionar de qualquer forma, e a escolha do diretor serviu para que ele ficasse mais cômico, pois facilmente dava para entregar com o mesmo texto algo de terror, e até algo com pitadas dramáticas, mas jogar para o lado do absurdo creio que foi a melhor pegada, e Feig sabe fazer isso com muito estilo na tela. Claro que em determinados momentos você pensa na maluquice toda e tenta refletir, mas confesso que com a bagunça que anda o mundo não é difícil vermos isso daqui alguns anos acontecendo, e para que o longa não virasse uma trama pessimista cheia de conspirações, a ideia de transformar ele em algo cômico foi bem trabalhada, e acabou funcionando com o estilo malucão que o diretor gosta de fazer.
Quanto das atuações costumo falar que Awkwafina força demais seus trejeitos para tentar ser séria em alguns filmes que pedem isso, e isso acho que nenhum diretor pensa ao tentar trabalhar alguns atos dela para que suas personagens tenham algo sério na tela, de modo que sua Katie Kim até soa engraçada e diverte com as lutas que faz, mas até ela sair do clima que não está entendo o que tá rolando e partir pra pancadaria mesmo, acaba ficando meio que presa demais, ou seja, o papel até combinou com ela, mas dava para se entregar mais rápido. John Cena é daqueles que sempre funciona como um bom brucutu carismático, e aqui seu Noel Cassidy pedia bem um segurança do porte dele, tendo uma boa química com a protagonista, e trazendo boas sacadas para a trama com seus diálogos, mas demorou um pouco também para convencer. Dentre os demais, vale claro falar um pouco dos atos finais com Simu Liu sendo um Louis Lewis bem imponente, mas talvez caberia ter usado mais ele, pois o ator gosta desse estilo e chamaria mais atenção, afinal ele não soou estranho com a personalidade jogada, ao contrário dos demais "figurantes com falas" como acabou acontecendo com Ayden Mayeri com sua Shadi e Donald Elise Watkins com seu DJ Donald.
Visualmente a trama tem uma pegada insana de ação, de maneira que o orçamento literalmente explodiu nas mãos da equipe de arte, tendo diversos figurantes correndo, lutando e usando tudo e mais um pouco como arma (o que foi uma grande sacada de não poder matar os ganhadores com armas de fogo e balas, o restante vale o que tiver perto!), então pense de tudo, com lutadores de artes marciais, motoqueiros com estilingue em chamas, revólveres de brinquedo com estacas, e tudo mais, tendo um quarto do pânico bem sacado, alguns testes de atuação malucos, e claro um grandioso teatro, além de uma mansão forte da equipe de segurança riquíssima em detalhes, ou seja, foram no certeiro e agradaram nesse sentido.
Enfim, é o famoso filme que com certeza não vai fazer ninguém rolar de tanto rir em casa, mas que tem uma pegada cômica bacana de ser conferida em uma ideia original e diferente de entrega, sendo daqueles que você acaba agradando como um bom passatempo de conferir em casa. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos e dicas, então abraços e até logo mais.
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