Diria que faltou atitude para que o diretor Tony Goldwyn (mais conhecido pelas atuações em "Ghost" e atualmente "King Richard", e pelas direções de diversas séries) conseguisse traduzir o texto do roteirista Tony Spiridakis para algo que fosse mais além, pois a trama teve diversas aberturas para atos marcantes, mas se deixou levar pelo estilo mais fácil de entregas, que também temos de relevar que contou com um garotinho realmente autista que não poderia ter um estresse maior, mas ainda assim dava para comover mais com os adultos, e brincar com mais precisão em tudo o que o longa permitia ir além. Claro que o estilo meio que road-movie deu um bom gás para a trama, mas faltou ir além principalmente nas duas paradas do acampamento e da Grace, pois ali tinha abertura para muita coisa acontecer e emocionar o público.
Quanto das atuações, diria que Bobby Cannavale assistiu a muitos programas e shows de stand up para compor o seu Max, pois está perfeito nesse sentido, conseguindo ser expressivo nos diversos palcos e demonstrando emoção e envolvimento para com o personagem, e seu estilo carismático poderia ter ido ainda mais além para que alguns atos pegasse com mais força e chamasse mais atenção. O jovem Willian A. Fitzgerald conseguiu entrar um Ezra cheio de boas sacadas, trejeitos alegres bem chamativos e tendo um carisma único na tela, de forma que sabemos que deve ter sido muito trabalhoso conseguir tirar tudo isso dele, afinal realmente possui o espectro autista, e se o jovem soube decorar tantas falas de filmes posso dizer que assim como o protagonista fala que ele é realmente um gênio. Robert De Niro sempre é um gentleman quando se coloca mais solto na tela, e aqui seu Stan tem personalidade e mesmo sendo secundário na trama consegue chamar atenção, mas diria que poderia ter interagido bem mais com o garotinho, afinal na vida real possui um filho autista, e certamente saberia lidar com precisão com o jovem. Ainda tivemos bons momentos na tela com a Jenna de Rose Byrne, se desesperando ao máximo com o sumiço do garoto e segurando bem alguns momentos expressivos, mas quem consegui se destacar entre os secundários foi Vera Farmiga com sua Grace doce e cativante, cheia de expressividade e emoção, e sem dúvida o carinho emocional bem entregue que Matilda Lawler fez com as cenas de sua Ruby junto do garotinho foram únicas e incríveis de ver. Agora Whoopi Goldberg foi apenas participar do filme pela amizade com o diretor dos tempos de "Ghost", pois sua Jayne é mero enfeite cênico.
Visualmente a trama passeou por alguns clubes de comédia, mostrou um pouco a casa dos dois protagonistas, mas sem ter grandiosos detalhes, e depois partiu para a estrada, parando no camping do amigo, tendo alguns atos de refeições e envolvimento ali, uma quebra de carro no meio da floresta, e depois o sítio da amiga com as brincadeiras junto dos animais bem colocadas, além de alguns restaurantes e focando bem mais nos atos dormindo dentro do carro, ou seja, a equipe foi simbólica, mas sem ir muito além na tela.
Enfim, é um filme que tem atos gostosos de ver, mas que faltou pegar mais fundo para emocionar como deveria para o estilo, de tal forma que talvez eu tenha até ido esperando algo demais do longa, mas quando você sente que tinha potencial para ir além, acabamos decepcionados com a entrega toda, mesmo sendo bonito e agradável de conferir. Então fica a dica para pais de autistas se enxergarem mais na tela, que a trama tem uma boa pegada nesse sentido, e assim sendo deve ser uma experiência melhor. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com muitas outras dicas, afinal esse final de semana promete, então abraços e até logo mais.
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