Diria que a construção cênica que o diretor e roteirista Edwin fez foi até que bem trabalhada, pois desenvolve bem a protagonista, cria todo o mistério de quem poderia estar matando os grupos de ambos os países, e coloca bem todo o estilo dele na tela, aonde o misticismo brinca contra os policiais, deixando todos em um gigantesco conflito de interesses, e segura bem toda a dinâmica, porém essa amarração exagerada acaba cansando demais o espectador, parecendo entregar um filme maior ainda do que ele já é, o que acaba desapontando um pouco. Ou seja, não chega a ser um filme totalmente ruim pelo motivo da história em si, mas sim por não acontecer na tela como poderia, ficando preso demais nas estruturas e não desenvolvendo nem o fantasma, nem um vilão possível real, o que mostra que a ideia do diretor não conseguiu chegar a lugar algum.
Quanto das atuações, Putri Marino mostra na tela o motivo de ser uma das principais estrelas do cinema atual do país, trabalhando carisma e personalidade num nível bem interessante e preenchendo a tela com boas nuances para que sua Sanja tivesse atos marcantes, cheios de estilo e boas colocações na tela, ou seja, soube segurar bem toda a dinâmica da trama sem sobrepor os demais personagens e acabou chamando atenção, só talvez o roteiro pudesse ter sido mais impositivo para que sua personagem tivesse atos de ação mais fortes, mas não chega a incomodar. Yoga Pratama também fez de seu Thomas um personagem carismático e interessante, conseguindo se conectar bem com a protagonista e desenvolver cada um dos atos na tela que chamassem atenção, não tendo uma fluidez melhor na sua história pela falta de um roteiro melhor, mas agradou no que fez ao menos. Quanto aos demais, tivemos do lado policial alguns atos que Lukman Sardi tentou aparecer com seu Panca e do lado oposto tivemos Yudi Ahmad Tajudin bem colocado com seu Bujang, mas sem grandes nuances expressivas, tendo o último alguns atos mais malucos com o facão no final, mas nada que chamasse tanta atenção.
Visualmente o longa até tem uma boa pegada misturando cenas na floresta e na cidade, brincando com alguns elementos não tão chamativos, e principalmente mostrando que a equipe de arte foi muito boa na criação das cabeças, pois o filme tem nada menos que 7 cabeças rolando pelos cenários, e assim conseguindo chamar atenção, mas no contexto completo acabou ficando meio que jogado tudo o que é colocado na tela, com muita fumaça e pouca intensidade.
Enfim, é um filme simples que podia ter ido bem mais além, que não chega a ser ruim, mas que não agrada como poderia se tivesse mais presença e imposição no desenvolvimento do mistério. Ou seja, é daqueles que mais cansam do que agradam, e assim sendo não vale a indicação para uma conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, e volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...