Diria que o diretor Ding-Lin Wang foi bem esperto em trabalhar a dinâmica do filme quase que por completo com sacadas entre os protagonistas, indo e voltando no tempo, e criando algo bem rápido sem muitos cortes, ao ponto que o filme parece uma grande aventura elaborada com uma equipe completa de ladrões, e isso só funciona por ter um roteiro bem estruturado, pois do contrário tudo viraria uma enorme bagunça que não chegaria a lugar algum. Claro que o filme em si é simples e já vimos muitos outros bem parecidos de outras nacionalidades, mas como é uma formatação gostosa de ver, acaba virando um passatempo divertido aonde acabamos torcendo pelos personagens, rindo das confusões e até se surpreendendo um pouco no final com o plano todo sendo explicado como aconteceria. Ou seja, com uma direção consistente, um roteiro rápido e bem montado, e bons atores, o resultado acaba acontecendo e agrada de certa forma.
E falando das atuações, Bo-lin Chen raspou de não conseguir segurar o protagonismo de seu Bo Jun, pois trabalhou suas cenas de uma maneira tão aberta para os demais do bando que não se manteve como um líder do começo ao fim, desenvolvendo alguns atos meio que jogados, outros mais imponentes, e assim oscilando demais até chega a se perder em alguns momentos, mas ao final tudo funcionou bem, e acabou sendo bem esperto como um arquiteto de planos. Frederick Ming Zhong Lee trabalhou seu Tio Bin com sacadas precisas como um bom mestre dos disfarces deve ser, tendo trejeitos fortes, e sendo engraçado de ver com as maluquices que apronta, ao ponto que brincando até demais acaba divertindo o público e agradando com o que faz. Cai Fanxi também trabalhou seu Xiao Gao como um hacker daqueles que não para de falar um segundo, e acaba brincando bastante com seu papel, tendo ideias malucas e sendo até estranho de ver tudo o que faz em cena. Ainda tivemos Lin Zhexi como o forte Wen Hao e Cai Siyn como uma antiga paixão do protagonista que acaba aparecendo no meio do roubo, mas sem grandiosas cenas para ambos, sendo bem colocados mais como conexões emocionais e intensas, do que como protagonistas realmente na trama.
Visualmente o longa teve atos bem dinâmicos com a montagem dos planos, e claro o desenvolvimento completo deles com os devidos erros e ajustes, sendo bacana de ver pela essência em si com muitos detalhes e loucuras, porém uma sala de cofre inteira pintada de verde fosforescente acabou ficando meio que estranha demais, que acabei ficando na dúvida se realmente queriam assim ou foi algum erro do pessoal do chromakey em deixar dessa forma, mas ainda assim todo o restante acaba sendo funcional.
Enfim, é um filme simples, divertido que não traz nada de grandioso no cinema mundial, mas que vale como um passatempo bacana para quem está procurando algo para fechar o domingo com alguma trama que não forçasse o cérebro, então fica a dica de conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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